Zé Braz I

Zé Braz I

O vereador foi expulso do PV por infidelidade partidária. Para o partido da deputada estadual Lohanna França, o edil não deve permanecer porque ousou  não seguir cegamente a cartilha. Não importa que tenha uma conduta que em nada o desabone. Não importa que valorize cada um dos 1.871 votos que recebeu nas últimas eleições, que respeite cada centavo do contribuinte que é utilizado para manter seu mandato. Nada disso importa. O que há de democrática na decisão do Partido Verde?

Zé Braz II  

Se sua expulsão agradou aos caciques, com o eleitorado foi diferente. Os comentários nas redes sociais e nas ruas são favoráveis ao edil. Até mesmo seu suplente, Washington Moreira demonstrou solidariedade ao vereador,  ao contrário de muitos que ficam igual urubus, na espreita, torcendo pela queda do titular. Segundo o suplente, “Pelo meu entendimento o mesmo está exercendo o seu papel como vereador que é legislar e fiscalizar.” Vergonha para o PV.

Zé Braz III

Servidor público de carreira, enfermeiro especialista em oncologia, recebeu quatro títulos de reconhecimento pela Câmara Municipal de Divinópolis,  sendo eles o de Profissional da Saúde em 2015, Servidor Destaque em 2016, Moção Congratulatória em 2016 e Profissional da Saúde em 2019. Em 2021 deixou o cargo de chefe de Regulação da Secretaria Municipal de Saúde, para assumir a vaga no Legislativo. Com esse currículo e a atitude do partido, vem à mente aquele ditado “Quando você não pertence ao inferno, o próprio diabo lhe expulsa de lá.”

Escravidão

Um adolescente de 17 anos foi encontrado trabalhando em condição análoga à de escravo em uma carvoaria em Itacambira, Norte de Minas. O jovem retirava os galhos dos troncos de eucaliptos e os cortava com uma foice para alimentar os fornos da carvoaria. Todo o trabalho  é proibido para menores de 18 anos e as atividades estão enquadradas na Lista das Piores Formas de Trabalho Infantil. O patrão é o juiz do trabalho aposentado, Antônio Amado Vieira, que além  de duas fazendas de carvão em Itacambira, possui outras três fazendas de criação de gado para corte em Urucuia e Pintópolis. Coitado, não sabe coisas básicas como registro de empregado e  exame admissional. Que dó!

Lista suja

Os donos das carvoarias são os campeões da lista suja do trabalho escravo. Segundo o Ministério do Trabalho, somente nos últimos dez anos, mais de mil pessoas foram resgatadas de carvoarias. “O homem é o lobo do homem.”

Subjugação 

O domínio pela força independe de cor. Sempre foi o mais forte contra o mais fraco. Negros escravizaram brancos por mais se sete séculos e brancos escravizaram negros por mais de três séculos.  O empreendedor mineiro Francisco Paulo de Almeida, o Barão de Guaraciaba, era negro e possuía mais de mil escravos. A historiadora Mary Lucy Murray Del Priore (Rio de Janeiro, 1952), em sua obra Histórias da Gente Brasileira, diz "Ele foi um grande empreendedor que acabou banqueiro, homem de negócios, fazendeiro e senhor de escravidão. É preciso empenho e coragem dos historiadores para estudar esses símbolos bem-sucedidos de mestiçagem". Não existe dívida histórica em razão da cor da pele. Pronto, está dito!

Cotas I

Se é preciso coragem para falar dos símbolos bem sucedidos da mestiçagem, é também preciso coragem para encarar o engodo das cotas raciais da forma que se apresenta. As cotas sociais é que devem ter lugar! Imagine duas famílias  na periferia, uma afrodescendente e uma eurodescendente, cada núcleo familiar com pais com subempregos e com filho que  sempre estudou em escola pública e vai concorrer a vagas destinadas às cotas. Vamos que existe somente uma vaga. No quesito social empatam, mas aí vem a questão da cor da pele e o branco, mesmo que tenha melhores notas, não terá a vaga por mérito porque tem que carregar a culpa por ser “branco”. Ah, em relação ao afrodescendente, como é por fenótipo, se tiver lábios e nariz finos, as chances diminuem.  As cotas raciais são racistas, sim!

Aplicativo

Uma empresa que não é séria é a 99. Esta colunista já passou pela situação de pagar a corrida e constar que não pagou. E não é só isso! Tal  ocorreu várias vezes e mesmo provando para a empresa, em audiência no Cejusc da Justiça Estadual, não aceitou, não  fez o ressarcimento e esta colunista amargou o prejuízo e o pior que teve caso que havia até dado gorjeta. Resumo: motoristas mal intencionados têm o aval da empresa. Trágico!

Justiça Estadual 

E por falar  no fórum, conseguir falar pessoalmente com a juíza da 2ª Vara de Família é tarefa quase impossível. Em mais de dez tentativas de atendimento, esta colunista conseguiu uma única vez, mas antes teve que implorar. Na verdade, falar com juiz nem é tão necessário se o assessor resolve, como é o caso das outras varas,  mas na referida vara o assessor trabalha em home office e quem vem atender na porta do gabinete, sim o atendimento é no corredor  mesmo sendo uma vara de processos de  segredo de justiça, o que se ouve das demais lotadas no gabinete é desanimador. Em conversa com a presidente da subseccional, Ellen de Lima, ela disse que a OAB está atenta e tomando providências, tendo inclusive acionado  a Procuradoria das Prerrogativas, pois são muitas reclamações dos advogados atuantes na Comarca. Aguardemos!

Cheirin Bão

Divinópolis está se tornando a café dos cafés. Entre a Luiza Barcelos e a Reivax, na 21 de abril, está a Cheirin Bão, um lugar diferenciado para os amantes do bom café terem experiências incrivelmente deliciosas. É preciso ir várias vezes para conseguir apreciar todos os tipos de café e seus diferentes modos de preparo que se casam perfeitamente com salgados e doces que são de comer rezando. Imagine-se em um café em Paris, mas com o jeitin das Minas Gerais. Vem que é bão demais esse cafezin, sô!

Fernando Antônio de Faria

Hoje estaria completando 69 anos de idade se sua vida não tivesse sido ceifada há 34 anos em um estranho acidente: o encontro frontal de dois trens em Samonte. Fernando conduzia um dos trens. Ele deixou esposa, Gilda Antônia Bernardes de Faria, e dois filhos, Thiago Viterbo de Faria e Diogo Bernardes de Faria. Embora fossem pequenos quando de sua partida prematura, os ensinamentos de seu saudoso pai jamais serão esquecidos e se perpetuam através de seus filhos Alice, Enzo, Sophia, Theo e Luca. As homenagens da família.

 

Adriana Ferreira é advogada, pós-graduanda em Mediação, Direito Sistêmico e Constelações Familiares, escritora, colunista jurídica e política.

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