Vereador é convidado a deixar partido
Zé Braz deve buscar nova sigla para eleição no próximo ano; desgaste começou por eleição da Mesa Diretora
Matheus Augusto
O vereador Zé Braz (PV) está de saída do partido. A questão, agora, é se a saída se dará por desfiliação ou expulsão. O desgaste interno se deu após o parlamentar não apoiar a chapa do líder municipal da sigla, Rodyson do Zé Milton (PV), na eleição para presidente da Câmara, em dezembro do ano passado.
A assessoria jurídica de Braz informou ao Agora que ainda se reunirá internamente para definir qual a melhor decisão a ser tomada.
Contexto
À frente do PV na cidade, Rodyson tentou, sem sucesso, articular uma chapa para disputar a Mesa Diretora. Devido à divisão de votos, Zé Braz seria peça fundamental na votação. O presidente do partido defendeu, nos dias que antecediam o processo, uma aliança baseada em "equilíbrio, autonomia e liberdade". Um dos motivos é justamente as eleições municipais de 2024, visando evitar o uso do Legislativo para "projetos políticos e pessoais".
— (...) é um momento em que temos que nos preocupar com a cidade e não antecipar a eleição de 2024 — justificou, em entrevista ao Agora na época.
Neste processo, Zé Braz decidiu por se manter na composição liderada por Eduardo Print Jr (PSDB), ao lado de Israel da Farmácia (PDT) e Rodrigo Kaboja (PSD). Chapa única, a formação foi eleita para comandar o legislativo até o fim da atual legislatura, em 2024.
Escolha
À reportagem, o presidente municipal explicou que a situação foi encaminhada à executiva estadual do partido. O presidente em Minas Gerais, Osvander Valadão, iniciou o processo burocrático para dar a Zé Braz a possibilidade de se desfiliar do partido através de uma carta de liberação.
— A questão burocrática já está em trâmite dentro do partido, na executiva estadual. Antes de formalizar a expulsão, ele vai ser convidado a se desfiliar e receber a carta de liberação, sem nenhum prejuízo ao mandato — explicou.
Caso opte por permanecer no partido, será aberto o processo de expulsão. Além disso, através da orientação do presidente estadual, Braz não terá seu nome ratificado internamente para disputar a reeleição para vereador, prerrogativa do partido.