Vacinas para crianças chegam em duas semanas, garante ministro

Cronograma no Estado prioriza doses de reforço; casos de ômicron crescem em Minas

 

Matheus Augusto

A Secretaria de Estado de Minas Gerais (SES-MG) divulgou ontem o calendário de vacinação para o primeiro mês do ano. Para janeiro, a previsão é continuar a aplicação da primeira e da segunda dose em todos os públicos com mais de 12 anos. Outra frente de enfrentamento à doença é a aplicação do reforço em pessoas com mais de 18 anos - desde que cumprido o intervalo de quatro meses após a segunda imunização. Quem tomou CoronaVac, AstraZeneca ou Pfizer, a dose indicada para reforço é de Pfizer. Caso não haja dose, a alternativa é AstraZeneca ou Janssen. Já quem foi imunizado com a dose única da Janssen receberá o reforço do mesmo fabricante - com exceção de gestantes e puérperas, que devem receber Pfizer.

 

Crianças

O governo federal encerrou ontem a pesquisa pública para coletar opiniões da sociedade civil sobre a vacinação em crianças entre 5 a 11 anos de idade. O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou ontem que as doses pediátricas de Pfizer chegarão na segunda quinzena deste mês.

— Na segunda quinzena de janeiro, as vacinas [para crianças] começam a chegar e serão distribuídas como nós temos distribuído — disse sem dar detalhes sobre quantidade.

Em Minas, assim como em outros estados, não haverá exigência de prescrição médica, ao contrário do orientado pelo ministro. Apenas a presença de um responsável será necessário. 

— Não haverá a exigência da prescrição médica. O público infantil será tratado como os diversos públicos dentro do Programa Nacional de Imunizações (PNI) — anunciou, na última semana, o secretário de Saúde, Fábio Baccheretti.

Mesmo com resistência do Ministério da Saúde, a expectativa é que o governo federal compre vacinas da Pfizer para a faixa-etária, com uso já autorizado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). De acordo com o secretário estadual, o MS sinalizou o envio de doses já neste mês.

 

Novo lote

O primeiro lote de vacinas do ano já chegou ao Brasil. Um milhão e cem mil doses de Pfizer chegaram ao Aeroporto de Viracopos, em Campinas (SP), no domingo. O Ministério da Saúde reforçou que, neste ano, o país já firmou contrato para 354 milhões de doses: 100 mi de Pfizer e 120 mi de AstraZeneca (produzido pela Fundação Oswaldo Cruz, a Fiocruz).

O restante é referente a contratações assinadas em 2021 e que devem ser entregues ao longo deste ano — explicou

 

Ômicron

A nova variante avança pelo estado. Até ontem, 139 casos já haviam sido identificados em Minas - nenhum em Divinópolis, ainda. Segundo a SES-MG, os casos não se mostraram graves e, por isso, não há necessidade de internação dos pacientes, apenas o isolamento domiciliar. 

 

Ocupação

O índice de ocupação de leitos exclusivos para pacientes com covid-19 em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) caiu de 42,5% (última quinta) para 30% (ontem). Até ontem, 12 pessoas estavam internadas. A cidade tem 41 leitos, ao todo. Nas enfermarias, onde existem 43 leitos, o indicador é levemente superior, de 44,2%.

O relatório divulgado ontem pela Secretaria de Saúde (Semusa) aponta 11 pacientes internados em CTI no Complexo de Saúde São João de Deus (CSSJD). Na área do Sistema Único de Saúde (SUS), são sete enfermos na ala adulta e dois na infantil; na área suplementar, dois adultos. O último paciente está internado no Hospital Santa Mônica. Os hospitais Santa Lúcia e São Judas Tadeu não têm internações neste setor.

 

Influenza

Na saúde, outro vírus que preocupa é a Influenza. Em Divinópolis, não há casos nem mortes associadas à doença. A Prefeitura, no entanto, confirma que diversas amostras já foram coletadas e encaminhadas à Fundação Ezequiel Dias (Funed) para análise. Enquanto os resultados não saem, os casos são tratados apenas como suspeitos. 

— Os cuidados são semelhantes ao influenza. Os casos graves são encaminhados para internação os demais medicados e enviados para cuidado e monitoramento domiciliar — informou, em nota.

 

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