USP divulga resultados sobre tremores em Divinópolis

Segundo o documento, não é possível saber até quando a atividade continuará

Da Redação
 
O Centro de Sismologia da USP divulgou ontem, 19, um informe dos resultados preliminares da sismicidade em Divinópolis, do período de 10 de janeiro às 17h até o dia 19.

Nesse período foram registrados 29 tremores de terra em Divinópolis que foram localizados pelas estações da Rede Sismográfica Brasileira e da Rede Sismográfica da Vale no Quadrilátero Ferrífero. As magnitudes variaram entre 3,0 a 1,6. Os epicentros dos abalos estão próximos do bairro Candidés, Nordeste da cidade, onde o tremor foi mais sentido. 
 
As máximas intensidades foram IV a V na escala Mercalli Modificada (correspondendo a barulho de portas e janelas, e queda de alguns objetos, por exemplo), sem danos comprovados. Mais de 500 relatos da população foram enviados ao Centro de Sismologia da Universidade de São Paulo.
 
De acordo com a USP, os tremores, apesar de parecerem inusitados, não são tão incomuns.
 
— Não há razão para acreditar que não se trate de atividade sísmica natural, sem relação com atividade exploratório de pedreiras, ou com enchimento rápido do reservatório de Gafanhoto. Possível relação com chuvas intensas no último mês é pouco provável e muito difícil de comprovar. O padrão de tremores ocorrendo durante vários dias ("enxame" de sismos) não é incomum. Magnitude Richter 3,0 é pequena, mesmo em termos brasileiros. Pequenos tremores de terra podem ocorrer em qualquer lugar do Brasil, e se devem a movimentação em falhas ou fraturas geológicas na crosta terrestre — informou.
 
Essa série de tremores na cidade parece fazer parte de uma zona de sismos mais frequentes que inclui o Quadrilátero Ferrífero. Sismos naturais são totalmente imprevisíveis e segundo o documento, não é possível saber até quando a atividade continuará, se as magnitudes vão diminuir ou aumentar.

Através deste link, é possível ter acesso ao relatório completo do Centro de Sismologia da USP: https://abre.ai/dNPw .
 
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