Urbanização do Arraial foi diferente das grandes metrópoles

Característica do bairro Esplanada, onde tudo começou, é diferente dos demais

Da Redação 

A cidade do Divino, como ficaria conhecida, iniciou, após 1912, seu processo de modernização e consolidação da urbanização. Para isso, inúmeras medidas foram tomadas, como a construção de uma Câmara Municipal, alteração dos nomes de ruas e aberturas de avenidas, criação de praças, proibição de carros de boi na cidade que não pagassem uma determinada taxa para circular, loteamento de locais e limpeza das ruas para o controle da higiene e da saúde da população. 

Mas, antes disso, foi bem pequena e pouco povoada. Um arraial. 

O início 

A povoação que deu origem ao município surgiu há cerca de 200 anos. Os primeiros colonizadores, fugindo da perseguição política, esconderam-se no sertão de Itapecerica, liderados por Manoel Fernandes de Miranda, apelidado Candidés, porque a região era habitada pelos índios dessa etnia.

O desenvolvimento 

O processo de urbanização e de desenvolvimento de Divinópolis inicia-se no fim do século XIX, com a chegada da Estrada de Ferro Oeste de Minas à cidade, como foi dito em outras matérias nesta edição especial. Contudo, a urbanização do antigo Arraial do Espírito Santo do Itapecerica se deu de forma diferente de cidades como Rio de Janeiro, São Paulo e Belo Horizonte, visto que o município foi construído paralelo ao núcleo populacional do então arraial, o Largo da Matriz. Esse processo é visível na criação do bairro Esplanada. Um lugar plano da cidade, foi escolhido para serem construídas as oficinas da Efom e a Vila Operária, que abrigaria os trabalhadores da ferrovia. O bairro, diferentemente do núcleo populacional da cidade, que possuía ruas estreitas, tortas, curvas e sinuosas (características de cidades coloniais), foi planejado desde a sua criação (característica de cidades republicanas), possuindo, dessa forma, ruas retas e organizadas, além de casas construídas de formas iguais e de estilo impessoal, tais como as residências das vilas operárias inglesas. O que permanece até hoje.

Para matar a saudade de alguns e possibilitar o conhecimento de outros, o Agora traz, nesta página, algumas imagens da Divinópolis antiga, pouco habitada, e da pujante de hoje. 

Comentários