Tributo a quem merece

AUGUSTO FIDELIS

 

Tributo a quem merece

Maria da Conceição Aparecida Maciel, ou simplesmente Conceição Maciel, acaba de ser eternizada. Seus colegas de trabalho da Gerdau, unidade de Divinópolis, elegeram seu nome para nominar o auditório da empresa, na qualidade de mulher que fez história num ambiente masculino por excelência. Conceição nunca pensou nessa possibilidade, nunca procurou esse enaltecimento, evidentemente por modéstia, pois, afinal, Conceição personifica a Gerdau, empresta-lhe um rosto a ponto de a população dar-lhe como sobrenome o nome da própria empresa, a qual tem dedicado a maior parte da sua vida: Conceição da Gerdau, diz com carinho.

Sobre essas emoções, explica Oscar Wilde: “A sensação mais agradável do mundo é fazer uma boa ação anonimamente e ela ser descoberta”. Nessa mesma linha de raciocínio, garante David Belov: “A melhor recompensa para uma boa ação não se faz expressada aos olhos de todos, mas, sim, pelo sorriso de quem a recebeu”.

Conceição Maciel, no entanto, com a discrição que lhe é peculiar, sempre optou por seguir os ensinamentos do Mestre, registrados pelo evangelista Mateus: “Não saiba a tua mão esquerda o que faz a tua direita, e o Pai, que vê o que está oculto, dar-te-á a recompensa”. Todos os seres humanos são mortais, mas permanecerão vivos na memória dos que virão depois aqueles que fizeram a vida valer a pena, cujo viver não foi em vão.

Conceição Maciel se entrega de corpo e alma às tarefas que lhe são confiadas. Dão testemunho os membros do Lions Clube Pioneiro, que com ela convivem em reuniões e campanhas em prol dos mais necessitados. Em nome da Gerdau, nunca mediu esforços para desenvolver os projetos sociais da empresa e levar alegria e bem-estar a tantas pessoas. Os projetos são da Gerdau, mas os beneficiados estão cientes que não chegariam a eles sem uma mão amiga, que os conduzisse. 

Sobre isso que o diga a Academia Divinopolitana de Letras, beneficiada pelas ações da Conceição, à época juntamente com José de Castro e Silva. Ambos conseguiram canalizar recursos para que o sodalício viabilizasse a aquisição de vinte cadeiras modelo Luís XV, mesa da diretoria, computador, novas estantes e a Biblioteca Gerdau. Vale lembrar também que o então prefeito Demetrius Arantes Pereira entrou com a outra metade, e a Academia pôde completar as quarenta cadeiras necessárias, além de outros equipamentos, como impressoras. A esses personagens a minha eterna gratidão.

Portanto, neste momento de regozijo, em que a nossa companheira-leão Conceição Maciel é elevada aos píncaros do reconhecimento, os funcionários da Gerdau merecem aplausos por pagarem tributo a quem fez por merecer, apesar de nunca ter almejado. Parabéns!

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