Trabalhadores da empresa que presta serviço para Cemig vão aguardar dez dias por resposta

Funcionários paralisaram atividades nesta sexta; eles reivindicam reajuste salarial e plano de saúde e não descartam greve

Da Redação

Após um dia intenso de negociações nesta sexta-feira, 11, os trabalhadores da empresa Remo que prestam serviço para Cemig, decidiram dar um prazo de dez dias para que a estatal dê uma resposta sobre suas reivindicações.  As duas principais são reajuste salarial e plano de saúde. O Sindicato dos Eletricistas da região Oeste (Divinópolis, Cláudio, Bonfim, entre outras, o Sindieletro comandou as negociações com representantes da Cemig, da empresa e dos trabalhadores. À tarde houve uma reunião no Sindicato da Construção Civil e, depois, os trabalhadores se uniram em frente à sede da Cemig, na rua Itapecerica, região central de Divinópolis. O diretor do sindicato, Celso Marcos Primo, informou ao Agora no fim da tarde, o desfecho da negociação.  Ele disse que todos optaram por dar este voto de confiança à Cemig.  Porém, se no prazo de dez dias, não houver o cumprimento das cláusulas da Convenção Coletiva, pode haver novas paralisações e até uma greve por tempo indeterminado.

Negociação

Conforme o sindicato são cerca de 100 eletricistas, cobrando  que a empreiteira negocie sem enrolação e atenda a pauta de reivindicações que entregaram à Remo. Os trabalhadores estão mobilizados há mais de um mês buscando a negociação, segundo o sindicato.

Reivindicações

Sindieletro disse ter conversado com vários eletricistas da Remo na região Oeste e eles se disseram muito insatisfeitos e desmotivados com o salário e a postura da empresa de não pagar todos os seus direitos que constam do Acordo Coletivo. A começar pelo salário-base. Atualmente ganham R$ 1,2 mil de piso salarial, mas querem R$ 1,9 mil.

— Com o reajuste do salário mínimo, em vigor desde janeiro deste ano, eles perceberam que seus salários estavam menores que o mínimo. Procuraram a gestão da empreiteira e o sindicato da categoria e descobriram que o reajuste foi negociado e fechado em outubro de 2021 (data-base), com um índice menor que a inflação (o reajuste foi de 7,59%). Também que a Remo nem tinha aplicado o aumento e tampouco pago o retroativo. Quando a situação foi regularizada, uma nova frustração: o menor salário (piso) da empreiteira ficou praticamente no mesmo valor do salário mínimo — explicou o Sindieletro.

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