Seis vereadores confirmam intenção de disputar eleições

Reportagem ouviu todos os parlamentares; um deles alerta que quantidade expressiva pode atrapalhar a cidade

 

Bruno Bueno

A pouco mais de seis meses das eleições de 2022, a movimentação política cresce dia após dia em Divinópolis. A especulação de possíveis candidaturas na Câmara Municipal gera expectativas, dúvidas e curiosidades em toda a cidade. Nesse sentido, o Agora conversou ontem com representantes dos 17 parlamentares para saber quais serão os pré-candidatos do Legislativo em outubro.

Seis vereadores, cerca de 35% da bancada, confirmaram a intenção de participar das eleições deste ano. Quatro deles vão disputar vagas para deputado estadual na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), um vai concorrer a uma cadeira no Congresso Nacional e o outro ainda não decidiu.

 

Assembleia

Quatro confirmaram a intenção de disputar uma vaga na ALMG. Os futuros pré-candidatos a deputados estaduais são: 

 

  • Eduardo Azevedo (PSC), vereador com mais seguidores nas redes sociais; 
  • Lohanna França (sem partido), vereadora mais votada da história de Divinópolis; 
  • Edsom Sousa (sem partido), veterano de cinco mandatos na Câmara; 
  • Josafá Anderson (CDN), líder do Cidadania em Divinópolis, em seu segundo mandato. 

 

Cidadania

Edsom Sousa, um dos parlamentares com intenção de concorrer a uma vaga na Assembleia, saiu de seu partido, Cidadania, após federação com o PSDB. À reportagem, o líder do prefeito na Câmara informou que seis partidos o chamaram para concorrer nas eleições. 

— Eu saí do Cidadania por não concordar com os ideais da federação. Seis partidos já me chamaram para ingressar, mas eu ainda estou analisando. Se tudo der certo, sairei como pré-candidato a deputado estadual. Irei definir qual será o partido em uma reunião com meu grupo de apoio na próxima sexta — afirmou.

Josafá Anderson tornou-se líder do Cidadania na Casa após a saída de Edsom Sousa e Lohanna França. O parlamentar, que é presidente da legenda na cidade, afirma que já iniciou conversas com o Diretório Estadual a fim de lançar sua candidatura para a Assembleia.

— Com a federação do Cidadania ao PSDB, o partido ficou bem propício a fazer dois deputados estaduais na Assembleia. Nós iremos fazer essa consolidação desse processo de pré-candidatura. As conversas estão bem adiantadas. Estamos firmes nesse propósito e, se for da vontade de Deus, serei pré-candidato — ressaltou.

 

Congresso Nacional

Para o Congresso Nacional também haverá um concorrente da Câmara. Diego Espino (PSL), vereador em primeiro mandato, que conta com mais de 80 mil seguidores nas redes sociais, será o representante nas eleições.

Espino terá a dura tarefa de disputar com nomes fortes que também devem lançar suas pré-candidaturas ao Congresso Nacional em Divinópolis. Domingos Sávio (PSDB), que tentará se reeleger para o terceiro mandato seguido, e Laiz Soares (SD), que ficou em 3º lugar nas eleições para a Prefeitura em 2020, são exemplos.

 

Indefinido

Flávio Marra (Patriota) confirmou ao Agora que será pré-candidato. O parlamentar, no entanto, ainda não sabe se vai concorrer  para deputado estadual ou federal. A decisão depende da decisão do deputado Cleitinho Azevedo (PSC), que baterá o martelo até amanhã.

— Estou vendo se vou sair para estadual ou federal, mas que serei pré-candidato já posso confirmar. Estamos vendo como ficará o cenário com o Cleitinho, que pretende concorrer ao Senado, mas não depende só dele. O próprio deputado disse que vai me apoiar. Dentro do que for melhor para Divinópolis e onde eu não atrapalhe o município. Eu quero somar. Se saírem vários candidatos e “não fizer ninguém” também é ruim — disse.

 

Prejuízo?

Os outros 11 vereadores descartaram a possibilidade de saírem candidatos. Um deles, Rodyson do Zé Milton (PV), alertou que a quantidade expressiva de vereadores que vão concorrer pode prejudicar a cidade.

— Está definido. Não tenho condições de sair e prejudicar a cidade. Eu acho que sair candidato agora só vai atrapalhar o município. Vai dividir votos e impedir a chegada de mais representantes à Assembleia e ao Congresso que poderiam articular e ajudar a cidade. Estamos querendo achar um nome que está na praça para ajudar neste processo e fazer uma articulação grande — pontuou.

Roger Viegas (Republicanos) informou que recebeu um convite de seu partido para disputar as eleições, mas negou. Ana Paula do Quintino (PSC) ressaltou que está como vereadora até 2024 e que “as pessoas votaram em mim para parlamentar e assim vamos até o fim do mandato”.

 

Outros 

Israel da Farmácia (PDT) também negou a intenção de disputar qualquer cargo político em 2022.

— No momento não tenho a intenção. O meu objetivo é dar continuidade ao cargo que me confiaram, o de vereador! — esclareceu.

Rodrigo Kaboja (PSD), que já concorreu em eleições anteriores, foi outro que descartou a possibilidade. 

— Neste ano não vou concorrer a deputado — enfatizou.

As assessorias dos vereadores Ney Burguer (PSB), Ademir Silva (MDB), Hilton de Aguiar (MDB), Eduardo Print Júnior (PSDB), Wesley Jarbas (Republicanos) e Zé Braz (PV)  também confirmaram que os parlamentares citados não vão disputar as eleições deste ano.

 

Prazos

O fim desta semana marca o vencimento de prazos importantes do Calendário Eleitoral de 2022. A janela partidária, em que atuais políticos podem trocar de partido para concorrer sem perder o mandato, termina na sexta-feira - 1º de abril.

No sábado, 2, é o prazo máximo para futuros candidatos que trabalham em cargos públicos saírem de seus trabalhos. É, também, a data limite para que todos os eventuais candidatos estejam com a filiação aprovada pelo partido político pelo qual pretendem concorrer.

O prazo para registro das legendas que pretendem lançar candidaturas no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) também vence no sábado. O dia 2 ainda é a data limite para que eventuais candidatos confirmem o domicílio eleitoral no local em que desejam disputar as eleições.

 

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