Secretário explica o que falta para retomada dos voos comerciais

Força Aérea esteve no aeroporto Brigadeiro Cabral mais uma vez

 

Bruno Bueno

A retomada dos voos comerciais é motivo de esperança de grande parte dos divinopolitanos. A Azul Linhas Aéreas já formalizou o interesse em restabelecer a operação com quatro voos diários para Campinas e Belo Horizonte. 

O aeroporto Brigadeiro Cabral ainda não tem a homologação necessária para receber as aeronaves. Representantes da Força Aérea Brasileira (FAB) estiveram ontem em Divinópolis para realizar mais uma vistoria. É a segunda visita do órgão em menos de dois meses.

Somente um

De acordo com o secretário de Desenvolvimento Econômico, Luiz Ângelo Gonçalves, a homologação do equipamento PAPI é necessária para aumentar a segurança adicional dos pousos. O primeiro voo, em janeiro, analisou diversos aspectos técnicos, mas identificou uma deficiência no contraste.

— A lâmpada não tinha o contraste necessário para o pouso. A terra atrás era também um pouco avermelhada e a lâmpada vermelha. Então foi apontado que a gente realizasse o plantio de gramas como medida compensatória para melhorar o contraste do equipamento — explicou.

9 mil metros quadrados de grama foram plantados para resolver o problema. 

—  Só falta isso para ser homologado — acrescentou.

Mais um 

Além da homologação, outro aspecto técnico é necessário para retomar os voos comerciais em Divinópolis.

— Temos a operação IFR em andamento.  Essa IFR é para que a gente tenha o nosso aeroporto com operações visuais por equipamento, ou seja, a gente sobe o nível.Isso já foi submetido à FAB, mas ainda não tivemos retorno — pontuou.

Luiz Ângelo acredita que a FAB ainda pode solicitar uma informação complementar e até um voo para verificar algum apontamento específico.

— São processos que já estão em fases finais de homologação. A gente acredita que ao longo das próximas semanas ou dos próximos meses já tenhamos concluído esses objetivos — salienta.

Sem previsão

Até o momento, não há previsão para o retorno dos voos. 

— Essas duas demandas não são impeditivas para a companhia operar. Então, ela poderia, mesmo que sem as homologações finais, também já anunciar, por exemplo, o início das vendas das passagens. Isso aí já é uma decisão comercial operacional da Azul — destacou o secretário.

O secretário garantiu que a Prefeitura mantém conversas com a companhia. A empresa formalizou o interesse em operar até quatro voos por dia para o aeroporto de Confins, em Belo Horizonte, e para o de Viracopos, em Campinas. 

— A Azul tem mais de 300 voos que saem de Campinas e mais de 100 voos que saem de Confins. Então, não é a ideia de ter Belo Horizonte como destino final dos voos, mas sim de usar a capital como um hub de mais de 100 conexões diárias saindo de toda a região Centro-Oeste — explicou o secretário.

Expansão

O gerente de Planejamento e Estratégia de Malha da Azul comentou sobre a retomada. 

— Temos grande expectativa em restabelecer nossas operações em Divinópolis e contribuir para o desenvolvimento econômico e social desta região estratégica. Assim que todas as instalações e certificações forem concluídas e homologadas pela Anac, estimamos que os voos na cidade possam iniciar em um prazo de 100 a 120 dias — relatou.

Mesmo sem previsão, a expectativa é retomar os trabalhos no segundo semestre.

 

 

 

 

 

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