Secretário de Saúde prevê pior ano da dengue em Minas Gerais

Chefe da pasta ressalta ações para manter baixa letalidade da doença; circulação de sorotipos preocupam

Matheus Augusto

Minas Gerais deve viver, neste ano, o pior cenário da dengue de sua história. A afirmação é do secretário de Estado de Saúde (SES-MG), Fábio Baccheretti, em coletiva de imprensa na manhã desta sexta-feira, 16. A letalidade da doença, porém, tem sido a menor dos últimos anos. 

— Não temos dúvida de que esse será o pior ano de nossa história de dengue — definiu. 

O aumento de notificações deve continuar pelas próximas três semanas, aponta o secretário. Após esse período, a curva deve começar a cair gradativamente. 

— Vivenciaremos muitos casos, mas queremos ter a menor letalidade possível.

De acordo com Baccheretti, uma das principais preocupações é a circulação dos sorotipos 2 e 3. 

— Como passamos muitos anos com o sorotipo 1 circulando, temos a maior parte da população suscetível sem imunidade para os novos sorotipos.

As ações do Estado, como a capacitação de profissionais de saúde, têm sido voltadas à prevenção de mortes. O objetivo é oferecer um atendimento adequado no tempo certo aos pacientes. 

— As mortes por dengue precisam ser consideradas como evitáveis.

Ao comentar sobre a dengue hemorrágica, o secretário explicou que o choque geralmente ocorre no quinto dia após a contaminação, quando a “febre vai embora”. Por isso, a importância dos pontos de saúde não apenas garantir o atendimento do paciente, mas estabelecer um retorno neste período para reavaliar o quadro. 

O secretário também garantiu que os municípios possuem recursos suficientes para enfrentar a doença. 

O combate à dengue será reforçado nos ‘Dias D’, em 24 de fevereiro e 23 de março, com medidas de conscientização. 

Vacinação

Questionado pela imprensa sobre a vacinação, Baccheretti espera a chegada de novas doses em março, destinadas aos 22 municípios da região metropolitana e do Vale do Aço. O público-alvo é crianças entre 10 e 11 anos. 

O chefe da pasta espera um resultado considerável da vacinação nos próximos quatro ano, com ampliação da disponibilidade de doses para o público mais vulneração a complicações: adolescentes e velhos. 

 

Comentários