Romeu e Julieta

João Carlos Ramos - Romeu e Julieta

 

O livro clássico "Romeu e Julieta" originalmente é de autoria do escritor italiano Matteo Bandello (1485, Castelnuovo Scrivia, Itália - 1561, Agen, França). Trata-se de um conto trágico que determinado biógrafo do autor disse ser baseado em fatos reais. Shakespeare, o genial escritor inglês, nasceu em 1564 e faleceu em 1616 ‒ sendo, então, posterior a Bandello e, portanto, não pode ser o autor do referido livro. Ele acrescentou apenas os personagens Mercúcio e Páris para adaptar a obra para o teatro. Por ironia do destino, Matteo foi nomeado bispo de Agen em 1550, onde viveu seus últimos anos. O ilustre desconhecido passou despercebido por muitos mestres universitários, segundo minhas pesquisas históricas e pessoais. O conto foi traduzido para o inglês por Arthur Brooke. Trata-se de uma história de amor entre dois jovens, filhos de famílias rivais: os Capuletos e Montecchios. As referidas famílias viviam constantemente em conflito... Romeu, da família Montecchios, e Julieta, da família Capuletos, se apaixonam em um grande baile de máscaras. Romeu rompe seu namoro com Rosalina, após se apaixonar perdidamente por Julieta. Julieta também cancelou seus planos com Páris, ilustre jovem de Verona. O amor proibido é selado por frei Lourenço, através de uma cerimônia oculta de casamento. Temendo represálias, frei Lourenço providencia uma porção de bebida adormecedora para Julieta se fingir de morta. Feito isso, o plano deu totalmente errado. Romeu enganosamente recebeu a notícia da morte de Julieta e, em fel de amargura, completamente desesperado, compra um veneno letal e se suicida, alegando ser impossível viver sem ela. Julieta, ao acordar do sonífero, constata a morte de seu amado e também se suicida com um punhal, alegando que jamais viveria sem o amado de sua alma. Após a tragédia inigualável do casal de amantes, as famílias, outrora rivais, selam um pacto de amizades, sepultando completamente o passado. Shakespeare termina a tragédia dizendo: "O sol jamais nasceu, pois nunca houve um amor assim, como o de Julieta e Romeu".

Paulo Porto e Sônia Oiticica interpretam a produção mais prestigiada da peça no Brasil. Mundialmente famosa, a tragédia foi interpretada por atores de prestígio em todo o mundo. No cinema, a primeira interpretação foi em 1908 com a produção e interpretação italiana de Mário Caserini. Houve 106 produções até 2015. A famosíssima produção em 1968, com Olívia Hussey e Leonard Whiting, arrebatou inúmeras plateias. O amor é cego e a paixão transforma tudo em cinzas, para seu próprio bem. Todos foram culpados e ninguém teve culpa alguma. Um grande amor não pode ter tão triste fim...

Ainda bem que meu grande amor, a mulher que sempre amei, está viva, e trovejo para a posteridade:

 

Marita

bela,

escultural,

serena,

superior

a de Troia

Helena!

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