Providência Divina

Augusto Fidelis

Diz alguém, que não me lembro quem, que entre o céu e a terra há muito mais do que aviões de carreira. Na verdade, a gente vive de fé e de esperança. Toda vez que a gente sai de casa, por exemplo, há a fé, há a esperança de ir e voltar são e salvo, que nada de anormal acontecerá na saída e nem na chegada e muito menos no trajeto. Mas é aconselhável agarrar na mão de Deus, pois os imprevistos acontecem.

Na última segunda-feira, às sete da manhã, saí de casa no Porto Velho rumo à fisioterapia, cuja clínica fica próximo à próxima à Praça da Catedral. O meu dia estava todo planejado, compromissos agendados, com horário para cada coisa. Eu tinha certeza de que estaria lá no horário marcado, da mesma forma em que faria o retorno, para atender aos compromissos seguintes.

Entrei no meu veículo, aparentemente em ordem, abandonei os cabelos ao vento e partir. Desci a Rua Goiás e entrei no viaduto, por sorte na pista da direita. De repente, no meio da travessia, o carro foi parando e apagou, não ligou mais. Os demais veículos, os motoqueiros, acharam um desaforo um carro ali, parado naquele lugar, atravancando o caminho dos demais. Foi aí que descobri: o pisca alerta não funcionava. Peguei no porta mala um triângulo capenga, que custou a ficar de pé, mas cumpriu o seu papel.

O que fazer? Comecei a ligar loucamente para o mecânico, que não atendia. Passei a ligar para alguns amigos, que talvez pudessem me dar socorro. Ninguém atendeu. O jeito era ligar para o seguro, mesmo sabendo que o atendimento não seria de imediato. Resignado, achei por bem entregar-me à Providência Divina, porque aparentemente eu estava só naquela situação.

E a Providência Divina agiu: sem mais nem menos passou um reboque. O motorista acenou para mim, passou adiante, parou mais à frente, e voltou de ré para saber se eu precisava de ajuda. Quando olhei para trás, parava também uma viatura da Setrans. Com isto, o processo de socorro durou poucos minutos e a pista foi liberada. Segundo o motorista do reboque, ele vinha do Interlagos e pretendia passar pelo Niterói, mas por algum motivo resolveu passar pelo centro e me encontrou na hora em que eu mais precisava. Foi uma situação desagradável e sufocante. Sinceramente, espero que não se repita.

À noite, mais tranquilo, lembrado da bondade do Altíssimo para comigo, elevei orações de louvores e agradecimentos, pois me socorreu quando eu já me considerava desamparado. Mais tarde, alguns amigos retornaram o contato, mas, a essa altura dos acontecimentos, o episódio era passado, tornando-se mais uma história para ser contada em momentos de descontração. Em tudo e por tudo, Deus seja louvado!

 

 

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