Procura por repelentes disparam e já falta o produto

Escalada da dengue e outras doenças tem gerado uma procura crescente pelo produto

Procura por repelentes disparam e já falta o produto

 

Escalada da dengue outras doenças transmitidas pelo Aedes aegypti tem gerado uma procura crescente pelo produto 

 

Jorge Guimarães

Os casos de dengue em 2024 atingem um patamar alarmante, superando os anos anteriores. O aumento no atendimento nas unidades de saúde acompanha o crescimento da doença. Mas tem outros setores em que a procura teve grande elevação, como farmácias e supermercados. Nos estabelecimentos, o produto da vez é o repelente. A disparada nos casos, alguns com consequências graves, tem gerado uma procura crescente por produtos que ofereçam proteção eficaz contra as picadas do mosquito. Em face dessa realidade, a conscientização sobre medidas preventivas, como o uso de repelentes, tornou-se crucial.

Crescente demanda

Os repelentes, tradicionalmente associados à proteção contra mosquitos, têm visto sua demanda crescer exponencialmente à medida que a população busca se proteger da proliferação do Aedes aegypti.  Além do aumento nas vendas, há uma ênfase maior na educação pública sobre a importância do uso regular dos produtos, especialmente em áreas onde o risco de transmissão da dengue é mais elevado.

— As vendas cresceram em média 70% em relação ao consumo normal. E já solicitamos mais para repor nosso estoque. As vendas estão em alta devido à necessidade da população em se proteger imediatamente — avaliou o gerente de uma loja de supermercados, Sérgio Antônio Silva.

Preços

A reportagem percorreu três farmácias distintas o os preços se diferem muito pouco,  variando de cada marca de produto e para qual público alvo, adulto ou criança. Em uma rede de farmácias, o repelente para adulto, que era comercializado a partir de R$ 17, já estava em falta, aguardando reposição do fornecedor, e para crianças, a partir de R$ 22.  Já na farmácia de uma loja de rede supermercadista, os preços variavam entre R$ 21,99 e R$ 38,90, também dependendo da marca e público alvo.

No entanto, conforme fontes ouvidas pelo Agora, há cerca de um mês, se encontrava o produto de várias marcas, entre R$ 12 e R$ 15. 

— Já liguei para diversas farmácias pesquisando preços, a diferença não está muito alta. Então, estou nessa que é mais perto de casa. Não tivemos ninguém com dengue, mas prevenir é o melhor remédio — disse a dona de casa, Márcia Santos. 

A atendente de uma drogaria disse que as vendas aumentaram na casa dos 80% em relação às anteriores.

— Os repelentes sempre tiveram uma saída pequena em relação a outros itens. Agora com a pandemia da dengue a procura aumentou muito, tanto que estamos zerados do repelente para adulto — pontuou, Regina Célia Alves. 

Prevenção

Para o economista Leandro Maia, a disparada nas vendas reflete a conscientização da população quanto a se preocupar com sua saúde. 

— Em resumo, a disparada nas vendas reflete a resposta da população ao aumento dos casos de dengue, destacando a importância da prevenção individual como parte integrante dos esforços mais amplos para controlar a propagação da doença — disse. 

Dicas do Procon

Tendo em vista o aumento do número de casos de dengue, pode ser percebido um aumento no preço dos repelentes e, com isso o Procon Divinópolis dá algumas dicas na hora das compras:

— A primeira delas é a pesquisa de preço. Como pode haver grande variação para o mesmo produto entre os estabelecimentos, é muito importante que o consumidor faça a sua pesquisa e verifique onde é mais vantajoso comprar — reforça. 

  • Durante as pesquisas e a própria compra, também deve ser levado em conta o peso do produto e, para as compras online, o valor de frete e o prazo de entrega.
  •  Verificar a indicação do produto, especialmente com relação à restrição de idade e fatores alergênicos.
  • Analisar o tempo de duração do produto, já que pode apresentar um preço menor, porém também terá menor duração em razão das reaplicações.

Por fim, o órgão lembra que não há um tabelamento de preço para esse produto, entretanto o Código de Defesa do Consumidor veda a elevação de preços sem justa causa. Em caso de dúvidas, basta acionar os canais digitais (whatsapp: 3229-6550 ou e-mails: [email protected] ou [email protected]) ou ainda presencialmente no CAC, localizado à avenida Getúlio Vargas, 121, Centro.

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