Problemão à vista

Problemão à vista 

As oitivas da CPI da Educação estão comprometidas, pelo menos, por enquanto. A maioria dos integrantes da comissão optou por voltar a ouvir os membros do Executivo somente quando todos os documentos pendentes forem analisados e as empresas envolvidas nos processo responderem aos ofícios encaminhados. Até aí tudo bem. Quanto à análise, a comissão esbarra em um problemão. Não tem mão de obra para fazer isso em tempo hábil, visto que os gabinetes dos vereadores que integram a CPI  não podem ficar por conta desta missão, como havia sido designado, visto que eles têm as demandas do dia a dia parlamentar, que não é pouca. Complicação à vista, levando em conta, principalmente, que o tempo voa e a CPI tem prazo de vencimento, que é novembro. Está logo ali. Ainda por cima é ano eleições, que, querendo ou não, contribui para o atraso. Já existe um certo temor de que acabe como as outras. Isso, muita gente quer, isso é fato. Mas a credibilidade da Câmara, que já não anda lá estas coisas, pode cair ainda mais. 

Dois dos cinco

O fato de ser ano eleitoral, por enes motivos, atrapalha, sim, o andamento da CPI, porém este não é o único fator. Entre os cinco membros da comissão tem dois pré-candidatos a deputado estadual. Lohanna França (PV) e Josafá Anderson (CDN). As vagas que eles almejam são na Assembleia Legislativa e não existe candidatura sem campanha. Logo depois das convenções, é hora de gastar sola de sapato e saliva. E aí? Vão prejudicar suas investidas por causa das demandas das CPI? É óbvio que não. E nem devem, visto que ambos têm metas a cumprir. Neste sentido, ou encerra os trabalhos antes disso, ou nomeia outros membros. Aguardemos.

Hoje é dia?

Em se tratando da Câmara, toda reunião é dia. De xingar e colocar a culpa em quem não tem nada a ver com a situação. De jogar indiretas quando se sentem ofendidos por um dos seus pares. De bater boca em público. De comentar assuntos sem conhecimento suficiente, enfim, situações comuns vistas desde o início desta legislatura. Quando o título se refere hoje (quinta-feira) porque foi neste dia na semana passada, que o "caldo entornou". Uma barulhada danada, discussões na hora da votação e até palavrões "a torta e a direita". O presidente da Casa, Eduardo Print Júnior (PSDB), prometeu tomar providências para evitar vexames semelhantes. E já passou da hora, senão vai chegar um ponto que a situação sairá totalmente do controle e, aí, já era.

Violência doméstica 

Como as leis não são mais suficientes para deter os machistas covardes, outras iniciativas, em especial as preventivas, estão sendo postas em ação para tentar conter a violência doméstica. Não é hoje que milhares de mulheres passam por isso, e muitos com fins catastróficos. A situação estava tão fora de controle que foi preciso criar uma lei específica para isso. E pensa se adiantou. As medidas protetivas "e nada" para quem está disposto à vingança são a mesma coisa. Ocorrências que cresceram de forma gigantesca durante a pandemia com o isolamento social. Pelo menos em Minas Gerais, mulheres já contam com serviços especializados não somente para denunciar e solicitar medida protetiva contra o agressor, como também para receber apoio e superar o trauma. Equipamentos disponibilizados pelo Estado possibilitam às vítimas e famílias escuta, carinho e atenção. Isso se dá por meio de atendimento psicológico ou outros suportes que atendem até os filhos destas mulheres. Excelente iniciativa - e que as mulheres mineiras não precisem chegar a este ponto. 

 

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