Primeiro acidente aéreo da região do ano deixa um morto e outro gravemente ferido

Ocorrência ocorreu em Capitólio; Divinópolis também registra episódios preocupantes

Ígor Borges

O ano novo chegou e, com ele, vários acidentes e ocorrências devido às chuvas em Divinópolis e região. Período, entretanto,  que sempre é marcado por situações desta natureza. Mas, também houve outro registro grave na região e que não envolveu a chuva. 

Um helicóptero com quatro pessoas caiu no Lago de Furnas, em Capitólio, na manhã de ontem, 2. No acidente, um homem morreu e os outros três feridos, um deles de forma grave. Todos foram levados para unidades de saúde da região. 

O acidente  ocorreu depois de quase dois anos da queda de rocha em lanchas que passeavam pelo local, quando dez pessoas morrem em janeiro de 2022.

Em Divinópolis, no começo da noite de segunda-feira, 1°, uma casa no bairro São Roque foi interditada com risco de desabamento. Quatro moradores tiveram que ficar na casa de familiares, sem previsão de volta ao imóvel.

As rodovias da região também tiveram vários acidentes graves e até fatais durante o feriado de Ano Novo.  O que mais chamou a atenção, foi uma batida entre dois carros que resultou na morte de uma criança de apenas sete anos, em Pequi. 

O Agora conversou com o Corpo de Bombeiros sobre o que fazer em casos semelhantes no período chuvoso. 

Queda de helicóptero 

Segundo informações dos Bombeiros, a aeronave foi fretada para o passeio e teria outras programações agendadas na sequência durante o dia desta terça-feira. Seria o primeiro voo da agenda. 

A queda ocorreu logo depois da decolagem e os tripulantes não souberam informar sobre a percepção de algum tipo de pane ocorrida. 

A vítima fatal é um homem de 45 anos, que ficou submerso por algumas horas até ser encontrado. Uma jovem de 22 anos foi levada para a Santa Casa de Misericórdia de Piumhi. Ela se queixava de dores pelo corpo, sem suspeita de fraturas. 

O piloto também foi levado para a unidade hospitalar, com suspeita de fratura na coluna. Uma terceira vítima foi encaminhada para atendimento em Passos. Segundo relatos, ela não teria movimento nos membros inferiores. 

Em nota da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), o helicóptero não podia realizar táxi-aéreo. O caso será apurado pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa). 

Família desabrigada

No começo da noite do dia 1º, o Corpo de Bombeiros desocupou uma residência no bairro São Roque, em Divinópolis. De acordo com o órgão, os moradores teriam notado várias rachaduras e estalos durante a chuva que acontecia no momento.

Grande parte da estrutura da casa estava em risco iminente de queda, sendo necessária a evasão dos moradores. Além das rachaduras, os militares detectaram um deslizamento aos fundos do imóvel e o muro de divisa a um lote em construção desabou.

Quatro moradores ficaram desabrigados devido a interdição da residência. Eles optaram por ficar na casa de familiares até que a situação seja resolvida.

Orientações 

Neste período de chuvas, algumas regiões estão mais expostas a ocorrências de desabamento. Por isso, especialistas em segurança recomendam que a população preste bastante atenção em indícios deste tipo de desastre. 

De acordo com o cabo Hudson Orsine, que responde pela assessoria de comunicação do 10º Batalhão dos Bombeiros, a principal recomendação está no momento de chamar algum órgão de segurança. 

— O sinal de alerta deve ser ligado assim que o morador começar a ver corrida de massa próximo à propriedade, ou ver a terra saindo com grande velocidade. Escutar estalos, ver trincas no vidro, parede abalada e entrada rápida de água dentro da casa também são pontos importantes a serem observados — destacou. 

Ele reforça que principalmente em casos de ouvir estalos e perceber grandes rachaduras na casa, a orientação é abandonar a residência. Além disso, a atenção,  segundo ele, deve existir não apenas em períodos chuvosos, pois o desabamento pode ocorrer a outros fatores. 

— É bom ficar atento com essas questões não apenas durante as chuvas. Pois o desabamento pode acontecer por diversos fatores. No caso deste fim de semana, a casa precisou ser interditada devido a uma obra no vizinho — pontuou. 

Morte de criança de sete anos 

Além da desocupação por possível desabamento, a virada de ano teve vários acidentes nas estradas da região. Uma criança de apenas sete anos morreu em um grave acidente na tarde de ontem em Pequi. Segundo informações da Polícia Rodoviária, a ocorrência foi registrada por volta das 16h45, no km 125 da MG-060. Outras quatro pessoas ficaram feridas.

A batida envolveu um Renault Duster e um Peugeot 206. Segundo a PMRv, o Duster seguia sentido Pará de Minas e chovia muito no momento. Na curva, o Peugeot (em sentido oposto) perdeu o controle da direção e atingiu frontalmente o veículo 1. Os dois ocupantes, de 27 e 21 anos, do Renault foram levados para o hospital de Pará de Minas. A criança, que também estava neste veículo, morreu no local.

Já os dois ocupantes do Peugeot foram levados para outro hospital e passam bem. O caso não envolveu a perícia. Os veículos foram removidos por falta de custodiantes.

 

 

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