Preto no Branco: por elas

Da Redação

O Dia Internacional da Mulher é comemorado no Brasil e no mundo no dia 8 de março. Mas as ações e homenagens costumam durar durante todo o mês, seja no sentido da prevenção a qualquer tipo de ataque ou crime, seja na valorização das suas múltiplas funções. É o que vem fazendo,  e muito bem, a Assembleia Legislativa de Minas Gerais  (ALMG). Além de agir em várias frentes na proteção por meio de comissões formadas na Casa, faz questão de enaltecer a importância da representação feminina.  Exemplo é que durante todo este período, todas as reuniões ordinárias serão presididas por deputadas. Mais do que merecido e, ainda bem que, mesmo contando com um número bem menor na legislatura, é o suficiente para comandar os encontros no Plenário até o fim do mês. Bem diferente de Divinópolis, onde há apenas uma vereadora na Câmara, após a saída de Lohanna França (PV), que terá esta oportunidade, mas em sua nova Casa. Restou a Ana Paula do Quintino (PSC) esse papel já desempenhado na semana passada. Aliás, não só esse, mas inúmeros ligados a b o universo feminino. 

Para a história 

Ao todo são 15 reuniões presididas pela bancada feminina, uma já ocorrida no último dia de fevereiro, quando Beatriz Cerqueira esteve à frente dos trabalhos. Vale ressaltar ainda que esta legislatura da ALMG já entra para história por ter a deputada Leninha (PT) como a primeira negra a ocupar o cargo de vice-presidente do Parlamento mineiro. Ainda é pouco? Não resta dúvida, no entanto, é o primeiro passo em busca de outras conquistas importantes, como a presidência, o que é raro, não só no Brasil, mas no mundo. E apesar do machismo ainda impregnado na sociedade, as mulheres são maioria e muito competentes, por sinal, portanto, precisam e merecem representação à altura. Isso é fato. E para os que ainda travam barreiras contra, é melhor aceitar, porque dói menos!

Sempre Vivas

Ainda dentro deste contexto, o Ciclo de Debates Saúde para Todas oferece desde ontem na Casa Legislativa, um conjunto de discussões sobre o tema, com a presença de diversas especialistas. Aspectos sociais, biológicos e raciais são apenas parte dos temas que estão no centro dos debates. Evento realizado desde 2019, em razão do dia 08 de março, tem a marca Sempre Vivas, em referência à resiliência das mulheres. E bota superação nisso! Se não fosse assim, talvez, o termo maioria quando se refere a elas em relação aos homens, poderia ter outro significado. 

Em foco 

Por aqui, as celebrações, mesmo que, ‘uma aqui, outra ali’, seguem. Umas delas, saudável e relaxante. A Caixa de Assistência dos Advogados, por meio das comissões da Mulher Advogada e de Esporte e Lazer, da 48ª Subseção da OAB, convida todas as pessoas da advocacia e a sociedade em geral a participarem da caminhada “Mulher em Foco”. A ação acontece no próximo dia 25 concentração logo no início da rua Pitangui às 8h30. Bem, este é o horário da saída. Chegar meia hora mais cedo para uma confraternização, aquele bate papo, é o ideal. Quer coisa melhor para o exercício da manhã? Além disso, a causa e o clima descontraído são chamativos. Ainda dá tempo de participar. Corra, não na rua ainda, para as redes sociais e faça sua inscrição no http://acesse.one/lxT78. 

Soltas na data 

O Dia Internacional da Mulher também foi de grande conquista para muitas delas em situação desconfortável, que certamente, se não o comemoraram, vão pensar melhor a partir de agora. O ministro Alexandre de Moraes concedeu liberdade provisória para 149 das que foram presas por participarem dos atos antidemocráticos em Brasília, no dia 8 de janeiro.   Na visão do ministro, a maioria das mulheres não representa, no atual momento, “risco processual ou à sociedade" e pode responder em liberdade porque não são executoras principais ou financiadoras da depredação e apresentam situações pessoais compatíveis com a liberdade. No entanto, foram negados 61 pedidos de outras  denunciadas por esses crimes mais graves. Essas por sua vez, não só dia 08 de março, mas continuam sem previsão para outras datas importantes, como o Dia das Mães. Muito triste. Mas a certeza da impunidade no Brasil, não pode prevalecer!

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