Preto no Branco: Homem e mulher
Homem e mulher
Ou mulher e homem? Quem contava com o fim do grupo chamado "opositor", numa possível disputa à Prefeitura com Gleidson Azevedo (Novo), devido à dispersão de alguns integrantes, teve um baita susto na última semana. O sumiço, na verdade, foi uma questão de estratégia, pois nos bastidores, as tratativas nunca pararam. Plano montado e decidiram que era hora de aparecer. Os ex-prefeitos, Galileu Machado (MDB) e Demetrius Pereira (PSB), a candidata na última eleição, Laiz Soares (PSD) e a deputada Lohanna França (PV) se reuniram na última sexta-feira para darem início a jornada, e fizeram questão de registrar. O primeiro passo é montar a estratégia. Depois se define quem é quem na formação da chapa. Por enquanto, nada firmado, mas uma coisa já certa: será um homem e uma mulher. Alguém arrisca?
Hora certa
Frente ampla, democrática e popular. Assim, Lohanna nomeou o grupo na postagem pós-reunião. Como foi traçado lá atrás, mais precisamente no início do ano passado, o objetivo da investida é formar uma frente ampla forte capaz de dificultar a reeleição de Gleidson, caso confirme seu nome na disputa. Nomes como o de Print Júnior, que marcou presença nos primeiros movimentos, optaram por não participar, não neste momento. No caso do vereador, o motivo são as acusações que pesam contra ele, depois da operação "Gola Alva". No entanto, outros com tamanha importância e até mais experiência e contatos diretos com Brasília, permanecem firmes e fortes, mas vão aparecer somente na hora certa. São os mistérios e estratégias usados na política, quando há a pretensão de se dar o "bote certeiro".
Raposa velha
É como é chamada uma pessoa experiente e sabe como ninguém as artimanhas para trilhar o caminho pretendido. Na política então, é muito mais comum. Um dos integrantes do grupo disse à coluna ter em mente já algum tempo, os passos necessários para a reviravolta em Divinópolis, como o fato de serem educados e conciliadores, por exemplo. Citou ainda a convicção democrática e o acesso ao presidente Lula. Situações que, com certeza, podem fazer a diferença. Porém, o que existe ainda é um projeto em formação e todo mundo precisa "pisar em ovos", pois qualquer deslize ou desentendimento por ego, pode colocar tudo a perder. O que seria desastroso, pois o embate não será nada fácil.
E o PT?
É a pergunta a se fazer caso esse propósito do grupo de oposição seja fechado como é a intenção. Muito se falou, inclusive neste PB, sobre a intenção do Partido dos Trabalhadores lançar candidatura própria, inclusive com a ventilação de nomes. Pelos integrantes da turma, parte saiu na foto da reunião, é inviável que isso ocorra. Não somente pelo fato da proximidade de alguns com o presidente Lula, mas principalmente por causa da federação partidária, da qual as mesmas siglas fazem parte. Assim sendo, a probabilidade é que todos façam parte do mesmo projeto, ou seja, um "grupão". Exatamente isso que deixou a entender a secretária nacional da legenda, Gleide Andrade, em coletiva à imprensa na última sexta-feira, quando detalhou os planos para a disputa.
Reprise de 2020
Do outro lado, Gleidson Azevedo ainda não "bateu o martelo" sobre sua candidatura à reeleição. Talvez, por questões estratégicas, como os opositores, esteja aguardando o momento certo. Entretanto, nos bastidores do Executivo e do seu grupo político, isso é dado como certo. E vão mais longe: será um repeteco de 2020. Ele e sua atual vice e secretária de Governo, Janete Aparecida. Aliás, a própria Janete já confirmou em entrevista ao Agora, que estará sim, na disputa. E dá para imaginar um parceiro que não seja o seu atual? A não ser que ocorra algo muito significativo até a data limite da Justiça Eleitoral para a inscrição de chapas. Ao contrário, o horizonte não aponta outra linha.
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