Preto no Branco 31/08/2023

Politicagem
É o que mais se vê em Divinópolis ultimamente. Vale tudo no jogo para entrar ou permanecer no poder: difamar, tramar para tirar o concorrente da jogada, e, principalmente mentir. E com a maior “cara de pau”, achando que todo mundo bobo. Um ofício entregue na terça-feira ao presidente em exercício da Câmara, Israel da Farmácia (PDT), escancara esta realidade. O documento pedia a inclusão do projeto para pagar o piso da enfermagem e foi assinado por todos os vereadores, exceto Eduardo Print Júnior (PSDB). Ausência que foi justificada no início da reunião, visto que o vereador cumpre agenda em Brasília. Mas, não foi suficiente. Ontem, o documento com a frase: “Todos os vereadores assinaram, exceto Print Júnior”, marcada em tom verde, circulava em diversos grupos de WhatsApp da cidade. Ou seja, é aquela coisa: “vou plantar a sementinha do mal”, se pegar, pegou. Quem não sabia da situação, repassou, outros fizeram o mesmo, e a mentira viralizou. Pura politicagem e maldade. Vale a pergunta: Quem é pior, o autor da mentira, ou quem distribui sem apurar a verdade? Acabam sendo “farinha do mesmo saco” defendendo os próprios interesses.
Maldade
E por falar em mentira, quase que uma disseminada ontem, terminasse em tumulto hoje. professores e pais de alunos estavam preparados para protestar durantes a reunião da Câmara pois foram avisados que Escola Estadual Sagrado Coração seria fechada. Os convites foram enviados em grupos de WhatsApp. As mensagens diziam que a escola teria que enviar dados referentes às demandas do ano escolar de 2024, para a SRE, e o prazo era até esta quinta. E pior, culpava o prefeito Gleidson Azevedo (Novo) e a secretária de Educação, Andreia Dimas pela dificuldade no acesso, pois estariam de olho no prédio da escola. Caso contrário, a escola seria fechada. Somente no fim da tarde, foi informado que houve uma falha no sistema, e que os a escola conseguiu enviar os dados. A esta hora, a Prefeitura já havia afirmado se tratar de fake news. Pânico e alvoroço totalmente desnecessários que afetaram de forma maldosa, não somente o prefeito e a secretária, mas muito mais gente.
Espino na mira
Diego Espino (PSC) mais uma vez é alvo de uma possível cassação, mas desta vez, não parte de nenhum colega de parlamento ou por ter feito algo que contraria o Regimento Interno da Câmara. Mas de um candidato a vereador nas últimas eleições pelo Republicanos, partido que elegeu Wesley Jarbas e que tinha coligação com o PSL, legenda que levou Espino a ocupar uma cadeira no Legislativo. A denúncia de possível fraude envolvendo candidaturas femininas apenas para atingir a cota foi feita em 2020. A alegação é que as mulheres apenas compunham a chapa, mas faziam campanha para homens, uma delas para o marido. Outra não teve nenhum voto. A ação não teve sucesso na primeira e na segunda instâncias, sendo indeferida. Mas agora, a Procuradoria Geral da República (PGR), teve entendimento diferente e apontou que a prática foi fraudulenta. Ou seja, concordou com as alegações da denúncia de Lauro Henrique Rodrigues de Carvalho, conhecido como ‘Capitão América Solidário’ e recomendou ao Superior Tribunal Eleitoral que casse o mandato do vereador. Se nas três vezes anteriores, tendo acusações que pesavam contra ele, o vereador escapou com folga, agora pode perder vaga, sem ter culpa. A responsabilidade neste caso, é toda do PSL.
Contrato do transporte
O parecer sobre a recomendação do Ministério Público de Contas (MPC) para o rompimento do contrato de transporte público vai ser lido na reunião desta tarde na Câmara. O relator da Comissão de Administração, Edsom Sousa (Cidadania) apresentou seu posicionamento na última segunda-feira à comissão. Lido em Plenário, o documento é enviado ao prefeito para a tomada de providências. Na orientação ao Legislativo, entregue em junho, o procurador Glaydson Santo Soprani Massaria recomenda a nulidade do contrato diante da "fraude do caráter competitivo" do processo licitatório. Esta também é a posição de Gleidson falada inúmeras vezes, mas não é tão fácil assim. E todos sabem disso, mas é um assunto polêmico que rende discussão e dá visualização. Então, até que a situação se resolva dentro dos trâmites necessários, vai continuar a falação e nada de solução.
Nova licitação
A Prefeitura prepara para, caso o entendimento da Câmara seja o mesmo do MPC, a realização de uma nova licitação. O prefeito reforça a complexidade do processo, por isso a mudança demanda um tempo maior. Isso é fato, não se troca uma empresa do dia para a noite. Mas, as providências precisam ser tomadas com urgência, antes que surjam impedimentos.