Preto no Branco: 26/01/2024

Velha conhecida

Janeiro ainda nem terminou e a dengue já é uma preocupação real. Os números de Minas Gerais e Divinópolis reforçam o alerta das autoridades. O secretário de Estado de Saúde (SES-MG), Fábio Baccheretti, apresentou o cenário em coletiva concedida na terça-feira. O pico de casos deve ocorrer até março. Novamente, os apontamentos são os mesmos: a importância de cada um fazer sua parte. De 85% a 90% dos focos estão dentro das casas. Outro agravante é uma reclamação comum dos cidadãos: a quantidade de lotes sujos pela cidade. De acordo com a Prefeitura, mais de 717 denúncias foram atendidas, além do recolhimento de 297 toneladas de possíveis criadouros através dos mutirões de limpeza. O problema é antigo e as soluções, as mesmas. Continuar a perder essa batalha é um atestado de negligência e falta de respeito à própria vida e a do próximo. Apenas nos primeiros 24 dias do ano já são 296 casos confirmados, sendo 33 hospitalizações. Além disso, três mortes pela doença também são investigadas. Ou seja, o recado é simples: cada um faça sua parte. Basta olhar para a lotação da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e pensar que a situação ainda pode piorar. 

Veta ou não? 

Os vereadores retomam, na próxima quinta-feira, 1°, as reuniões ordinárias. Como sempre, ainda há importantes projetos a serem pautados. Um dos principais é a avaliação do veto do prefeito Gleidson Azevedo (Novo) às emendas da revisão do Plano Municipal de Saneamento Básico (PMSB). A de Edsom Sousa (Cidadania) foi aprovada pelo apertado placar de 8 votos a 7. O Executivo espera a manutenção do veto para, então, dar continuidade ao processo para abrir uma nova licitação dos serviços de água e esgoto. 

Cara nova

O retorno pode marcar, ainda, a chegada de um novo, mas velho conhecido, à Câmara. César Tarzan (PSDB), presente na última legislatura, deve assumir a posição de Eduardo Print Jr, do mesmo partido e atualmente afastado. A comissão processante, responsável pela investigação contra Print e Rodrigo Kaboja (PSD), deve se reunir na próxima semana para definir o início das oitivas. Ou seja, a história ainda não está perto de acabar. 

Comportamento

Ano eleitoral é época de ficar atento aos sinais e comportamentos dos eleitos e daqueles que pretendem entrar ou voltar à política. É preciso ouvir não apenas as propostas, mas sua viabilidade. Muitas ideias são ótimas no papel, mas enfrentam duras barreiras para serem implantadas. Os eleitores precisam, primeiramente, entender a função do vereador e prefeito para não ser encantado pela magia das palavras. Por vezes, as melhores iniciativas não são aquelas impressionantes e de magnitudes grandiosas, e sim as simples, com planejamento, capacidade concreta de conseguir recursos e serem executadas. É mais do que necessário abandonar os contos de fadas e as histórias de super-heróis. Não há salvadores da pátria. Há, sim, pessoas com boas iniciativas e entendimento técnico para colocar em prática melhorias que, por anos, os cidadãos cobram - e com razão. É preciso encontrá-las e, especialmente, ouví-las. 




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