Preto no Branco 07/03

Toda gestão, a mesma UPA

Divinópolis vive de histórias e manchetes repetidas. A Unidade de Pronto Atendimento (UPA) está em sua terceira gestão - Santa Casa de Formiga e Instituto Brasileiro de Desenvolvimento Social (IBDS) foram, respectivamente, as duas primeiras. Desde a inauguração, em março de 2014, a unidade é alvo de críticas, denúncias e reclamações. E, em menos de seis meses, a nova administração, do Instituto Brasileiro de Políticas Públicas (Ibrapp), não passa em branco. A Secretaria de Saúde (Semsa) anunciou, na última sexta-feira, a abertura de um processo administrativo para investigar “inconformidades na execução do contrato”, sem dar mais detalhes. Caso a investigação confirme os indícios, a Prefeitura promete aplicar “penalidades legais e contratuais cabíveis e as necessidades de correção”.

 

Acompanhamento

O contrato é acompanhado pela Semusa por meio de uma comissão. “Esta comissão, desde o início da sua vigência do contrato, já tem promovido diversas notificações e acionamentos da empresa para adoção das medidas corretivas necessárias ao bom andamento da administração e assistência na UPA”, informou a Prefeitura. O processo deve ser concluído em 30 dias, podendo ser prorrogado por igual período. A ver onde essa história vai parar - se é que vai parar.

 

E mais…

Não para por aí. Um dia antes, a Câmara de Divinópolis já havia anunciado a convocação, pelo presidente da Comissão de Saúde, Zé Braz (PV), de representantes da Semusa e do Ibrapp para discutir a situação na UPA. Entre os convocados estão o secretário de Saúde e o diretor administrativo e técnico da unidade. Na pauta, questionamentos sobre os casos de superlotação, atual situação, capacidade física e técnica. A reunião, que ocorre após visita da comissão à ponto de atendimento, será na próxima segunda-feira, às 14h, na Loja Maçônica Estrela do Oeste de Minas (rua São Paulo, 315, Centro), ao lado da Câmara, que segue parcialmente em reforma. Vale ressaltar que, em oportunidade anterior, Zé ressaltou ter visto avanços na atual gestão da UPA, mas que a superlotação ainda é recorrente, especialmente de casos leves. É fato que o problema não é novo, mas, novamente, exige uma resposta. Não dá apenas para ficar à espera do hospital regional, que deve ser concluído apenas nos próximos dois anos. 

 

Irregularidade?

Cumprindo sua promessa de campanha, Lohanna França (PV) protocolou uma Notícia de Fato na 17ª Promotoria de Justiça  de Defesa do Patrimônio Público de Minas Gerais contra o governador Romeu Zema (Novo). A deputada estadual solicitou a análise cuidadosa dos contratos firmados com dispensa de licitação pelo governo estadual que, apenas em 2021, totalizaram R$ 6,9 bilhões. A ex-vereador cita reconhecer que a modalidade é permitida, porém, deve ser exceção, e não regra. Em nota ao jornal O Tempo, o governo de Minas reforçou que todas as compras públicas seguiram as determinações legais e se colocou à disposição para prestar esclarecimentos. Lohanna é uma das quatro vice-lideranças do Bloco Democracia e Luta na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), que faz oposição ao governador. Mais um caso na política para acompanhar. 

 

Comentários