Preto no Branco: 04/05

‘Barra pesada’ 

É o nome que algumas pessoas estão dando à reunião ocorrida na semana passada e que teve nomes importantes no cenário político local. A deputada Lohanna França (PV), o presidente da Câmara, Eduardo Print Júnior (PSDB), o ex-deputado Jaime Martins (sem partido), deram o primeiro passo nas articulações visando às eleições 2024. Faltou na discussão, apenas o ex-prefeito Demetrius Pereira (PSB), que só não participou porque estava em Mato Grosso cuidando de assuntos da sua empresa instalada naquele estado. O objetivo dos participantes era o absoluto sigilo para não atrapalhar o “modus operandi” visando à disputa do ano que vem, mas sempre tem alguém que deixa escapar alguma coisa. E este PB, que conta com fontes fidedignas e sempre bem informadas, teve acesso a detalhes da “costura”. Mesmo estando ainda na fase de cortes e alinhavos, essa peça depois de pronta, promete dar um trabalho danado. 

Única e forte 

E a meta do grupo é formar uma única chapa, com dois nomes entre eles, prefeito e vice, com o apoio incondicional dos demais. O objetivo é desbancar uma possível candidatura à reeleição de Gleidson Azevedo (Novo). Neste contexto, fica claro que há um certo temor em se bater de frente com a chapa liderada pelo prefeito, que não somente tem o apoio de boa parte da população, mas dos irmãos, atualmente em cargos de destaque. Eduardo Azevedo (PSC), deputado estadual e Cleitinho (Republicanos), senador. Os dois com inúmeros seguidores e apoiadores. Do outro lado, Lohanna, Demetrius e Jaiminho têm fortes ligações com o governo federal. Ainda conta com Prin Júnior, que, apesar de Domingos Sávio ter saído do PSDB e se filiado ao PL de Jair Bolsonaro, tem conexão com o deputado, responsável direto por sua filiação ao tucano. Para melhor definir a posição que cada um pode ou deve ocupar, novos encontros já são articulados. E se este rabisco se transformar mesmo em desenho, a disputa promete. 

De fora 

Dentro deste cenário que se desenha, o tabuleiro é bastante interessante. Sem dúvida que um acerto ali, outro aqui vai acontecer durante este processo, visto que falta ainda cerca de um ano e meio. No entanto, uma ausência, mesmo que apenas com algum gesto, chama atenção: a de Fabiano Tolentino. Ele, que foi candidato na última eleição, ficou em segundo lugar e, por pouco, não se elegeu deputado federal no ano passado, por enquanto está fora das discussões. Isso, claro, para dar um certo suspense. Daqui a pouco, ele entra em cena e bota ainda mais “lenha nesta fogueira”.   

Reforço de peso 

Gleidson Azevedo, que não é bobo nada, certamente ficou sabendo do encontro, e tratou de reforçar seu time. Firmou ainda mais, sua parceria com o governador Romeu Zema (Novo). Filiou-se ao partido em anúncio feito nesta terça-feira por meio de vídeo publicado nas redes sociais. Gleidson estava filiado ao PSC desde 2020, Cleitinho já havia saído. Apenas Eduardo segue na legenda pela qual foi eleito deputado.  Reforço garantido, de agora para frente, qualquer detalhe é importante nos rounds que vão apontar os vencedores desta batalha. 

Guerra entre apoiadores 

E as batalhas no meio político não movimentam só os bastidores pensando em 2024.   A CPI que vai investigar as invasões dos prédios dos três poderes no dia 08 de janeiro último promete ser uma guerra entre apoiadores de Bolsonaro e Lula. A previsão é que o Blocão comandado pelo PP fique com o maior número de vagas. E deve ter um tempero a mais: o presidente da Câmara, Arthur Lira,  é uma das principais lideranças do partido. O Blocão formado por oito partidos sai na frente na quantidade de vagas. Porém, chama atenção também, o fato do PL de Bolsonaro e o PT de Lula ficar com 3 cada um. Isso, na Câmara, porque no Senado, o bloco o qual o partido do atual presidente está inserido, são 6 vagas. Se depender de organização e boa vontade para agilizar os trabalhos, isso ainda vai longe. O motivo é simples: Os interesses próprios vêm em primeiro lugar. 



  

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