Prefeitura garante que sede do Conselho Tutelar não oferece riscos a servidores

Executivo também diz que já fez melhorias no imóvel; Defesa Civil encontrou diversas irregularidades

 

Bruno Bueno

A sede do Conselho Tutelar de Divinópolis, localizada no bairro Esplanada, causa dor de cabeça para a Prefeitura. Depois que imagens mostrando algumas irregularidades do espaço circularam na internet, o Executivo garantiu, em nota enviada ao Agora, que a sede não oferece riscos para os servidores que ali trabalham. 

Ainda de acordo com a pasta, que se pronunciou por meio da assessoria de comunicação, algumas melhorias já foram feitas. O Executivo também informou que uma das salas em que havia riscos não está sendo utilizada pelos servidores.

 

— O telhado do local já foi todo reformado, estamos aguardando o período de chuva passar para executar a pintura da casa. A sala em questão não se encontra em utilização, por determinação da Prefeitura, o que não coloca em nenhum momento qualquer servidor ou usuário do serviço em risco — afirmou.

 

Irregularidades

A Defesa Civil, em vistoria realizada no mês de outubro, constatou diversas irregularidades no espaço. Segundo o órgão, marcas de infiltração que provocaram descascamento da pintura e dano do piso de tábua corrida são visíveis na residência. Além disso, descolamento e quebra de telhas, presença e acúmulo de água na laje, vazamento na caixa d’água, orifício no piso, crescimento de vegetação na  área de claridade, manchas de mofo na alvenaria e deterioração do reboco também foram constatadas na visita.

O órgão argumenta, no relatório oficial da visita, que, naquele momento, o local não estava próximo de desabar, mas que diversas melhorias eram necessárias para manter o espaço habitável.

— Considerando sobre o que foi apresentado, conclui-se que o imóvel não apresenta risco de queda até a presente data, mas necessita que se faça a impermeabilização da laje, lixamento e pintura do verniz no piso de tábua corrida, impermeabilização da base da alvenaria e reparos do reboco, troca e recolocação de telhas, limpeza e desobstrução dos ralos e calhas, reparos nos pisos onde houver orifícios e estiverem danificados — relatou.

 

Soluções 

No mesmo relatório, a pasta solicita que a Secretaria Municipal de Governo, que é responsabilidade da vice-prefeita Janete Aparecida (PSC), faça melhorias no local para evitar acidentes no espaço.

— Encaminha-se para a Secretaria Municipal de Governo (Segov), de forma que envie a Secretaria pertinente a pasta, para providenciar um profissional habilitado, para que identifique as causas das anomalias da edificação e que o mesmo de suporte técnico necessários para sanar os problemas apresentados, de forma que não coloque em risco a integridade física dos usuários do imóvel. Sem mais para o momento, atenciosamente — solicitou.

Nas redes sociais, imagens de um ofício assinado pela vice-prefeita no dia 29 de novembro mostram que, ao ser questionada, ela, respondendo pela Segov, disse que o Município não tem recursos para realizar as reformas solicitadas. 

— Em resposta ao PA supramencionado, vimos informar que no momento não será possível o atendimento à solicitação, visto que, o Município não dispõe de recursos para tal, o que não impede que futuramente possa ser apreciado novamente. Certos de sua compreensão, agradecemos e nos colocamos à disposição para demais esclarecimentos — disse na nota.

 

Repercussão

A vereadora Lohanna França (CDN), representante da Comissão de Saúde da Câmara Municipal, disse que os servidores do local estão sobrecarregados. A resposta da vice-prefeita sobre o local surpreendeu a parlamentar.

As conselheiras trabalham sobrecarregadas, já que o Município já tem número de habitantes para abarcar dois conselhos. Surpreende saber que a vice-prefeita foi taxativa ao dizer que não há recurso e a não se movimentar para ajudar as conselheiras e as crianças e adolescentes em vulnerabilidade a terem mais dignidade, especialmente considerando que a mesma foi ferrenha defensora do conselho quando era vereadora — afirmou.

 

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