Preço médio da gasolina em Divinópolis é de R$ 7,053

Custo do combustível nas refinarias acumula alta de 74% no ano

 

Da Redação

Depois da declaração do presidente Jair Bolsonaro (PL), no domingo, de que a Petrobras iria baixar o preço da gasolina, a estatal divulgou comunicado em que diz não haver decisão tomada a respeito desse assunto, contrariando o presidente. Em meio a 15 alterações de valores, sendo duas quedas e 13 aumentos, o custo da gasolina, ao longo do ano, nas refinarias, acumula alta de 74%. Já o preço do diesel subiu 65% no mesmo período.

 

Divinópolis

Na cidade, levantamento elaborado pelo Núcleo de Estudos e Pesquisas Econômico Sociais (Nepes), do Centro Universitário UNA Unidade Divinópolis, realizado no período de 23 a 27 últimos, em 16 diferentes estabelecimentos, mostrou a realidade dos preços praticados.

A pesquisa considerou postos com e sem bandeira e desconsiderou preços de combustível em promoção. O levantamento considerou os valores médios cobrados em postos localizados nos bairros Centro, Icaraí, Porto Velho, Bom Pastor, Rancho Alegre, Manoel Valinhas, Niterói e São José.

— Na prévia de novembro todos os grupos de produtos e serviços apresentaram alta e o principal impacto no índice veio dos transportes. A gasolina ficou 6,62% mais cara no mês. No ano, a alta acumulada é de aproximadamente 45%. O etanol e o diesel também apresentaram altas significativas em novembro, 7,08% e 8,23%, respectivamente — explica o professor e coordenador do Nepes, Wagner Almeida.

 

Preços

De acordo com o levantamento, no período pesquisado, o preço médio do litro da gasolina comum em Divinópolis foi de R$ 7,053; uma variação de 4,91% em relação à 4ª semana de outubro, quando foi de R$ 6,723. No período do levantamento o menor valor encontrado foi de R$ 6,849, e o maior R$ 7,397, uma variação de 8% entre os estabelecimentos pesquisados.

A gasolina aditivada apresentou preço médio de R$ R$ 7,428, uma variação de 5,85% em relação ao mesmo período de outubro, quando foi de R$ 7,017. A variação nos custos entre os postos de combustíveis pesquisados foi de 4,83%, sendo o menor valor R$ 7,247 e o maior, R$ 7,597.

— Eu sempre faço uma pesquisa de preços e, se a diferença for pouca, procuro sempre abastecer no mesmo posto de combustível. Assim criei uma fidelização com o ponto de venda e isso me garante uma gasolina de boa qualidade, pois nem sempre preço baixo é sinônimo de economia — disse o vendedor pracista Lincoln Carneiro Alves. 

 

Etanol

Sobre o preço do etanol, observa-se uma variação de 11,08% entre o maior e menor valor praticado. O menor custo levantado foi de R$ 5,399, e o maior, R$ 5,997 entre os postos pesquisados. O preço médio praticado para o etanol no período, R$ 5,641, foi 10,47% maior do que em outubro, quando foi de R$ 5,106.

De acordo com a professora de economia da UNA, Vaníria Ferrari, são vários os fatores determinantes para o aumento do preço do etanol, mas a lei da oferta e da procura é o mais forte neste momento.

— Estamos passando, no caso do etanol, por uma inflação de demanda. Isso acontece porque o etanol é o substituto da gasolina. Na economia, existe uma tendência de, quando um produto tem seu valor elevado, as pessoas migram para o substituto, então, houve uma migração para o etanol, acarretando aumento do preço — explica.

Vaníria acredita que a solução para derrubar o preço do etanol é principalmente a redução dos custos tanto do etanol quanto da gasolina. A questão tributária e a desvalorização cambial seriam importantes aliados nesse sentido. Um aumento da oferta de etanol e uma redução no preço da gasolina também poderiam equilibrar os valores.

 

Diesel 

O custo médio do litro de diesel no período foi de R$ 5,506, uma variação de 7,27% em relação ao mesmo período de outubro, quando foi de R$ 5,133. Já entre os estabelecimentos pesquisados a variação no preço foi de 7,69%, sendo R$ 5,199 o menor valor, e R$ 5,599 o maior.

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