Preço dos materiais escolares registram pequenos aumentos

Especialistas recomendam pesquisa na hora da compra

 

 

Jorge Guimarães

 

Início de ano é sinônimo das tradicionais despesas como o Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA), Imposto Sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU) e a tradicional lista de material escolar. Quem não se preparou para quitar os compromissos, no caso dos impostos, o parcelamento é a única saída. Já para a compra dos materiais escolares a dica é fazer muita pesquisa, pois o aumento do intens ficou em média 10%, em relação ao mesmo período do ano passado, o que já era previsto para o início deste ano pela Associação Brasileira dos Fabricantes e Importadores de Artigos Escolares (Abfiae). Com destaques para os produtos influenciados pelo dólar, como importados e papel. Em alguns casos, a lista de papelaria não inclui livros, o  que significaria um aumento extra.

A reportagem do Agora foi às ruas para verificar os preços em tradicionais papelarias da cidade.

 

Preços

O empresário Vantuir José dos Santos, com duas papelarias na cidade e há 25 anos, realizou as negociações em setembro e outubro do ano passado e suas reposições, este ano, já foram muitas. E nestas, segundo ele, não houve alterações de preços.

— Existem muitas especulações em cima de preços. Eu vou continuar a vender com os mesmos preços que terminei o ano passado e iniciei neste. Estou em contato diário com meus fornecedores e eles confirmam que não haverá aumento no presente. E como as aulas terão início agora no próximo dia 5, a tendência é de aumento significativo no movimento de consumidores. E para tanto já estamos preparados para melhor recebê-los — disse.

Já para a gerente comercial de outra papelaria, Danuza Nogueira, os preços não tiveram aumentos significativos.

— Não houve aumentos significativos de preços e até em alguns itens houve foi queda de valores. Hoje vejo uma nova tomada de consciência do consumidor em relação aos itens a serem adquiridos. Ele está alinhando produtos de melhor qualidade, que tem maior durabilidade, aos preços, que é uma nova realidade do mercado na atualidade — definiu a gerente.

A dica é fazer muita pesquisa e em locais diferenciados.

— Hoje em dia até os supermercados, casas de brinquedos vendem algum tipo de material escolar, principalmente cadernos. Então a pesquisa se torna uma ótima arma do consumidor na hora da compra — alertou o economista, Leandro Maia.

 

Consumidores

 

A dona de casa Maria Cristina Alves, mãe de duas crianças, não deixa de fazer a tradicional pesquisa antes de comprar o material de seus filhos.

— Eu confiro os preços até em supermercados, daí vou comprando o que está mais barato nos lugares que fiz a pesquisa. Quase nunca compro tudo num só lugar, onde posso ter preços mais baixos. Não tenho preguiça de andar e, assim, meu bolso agradece — ponderou.

Já a comerciária Rosaura Coelho, este ano fez uma nova tática, além de pesquisar os preços, foi às compras sem levar as suas três crianças.

— Para economizar vale tudo. Faço pesquisas em vários lugares, inclusive em comércios do meu bairro. E este ano tive a ideia de não trazer as crianças pois assim evito que elas escolham os materiais que estão na moda — avaliou.

 

Procon

 

Com o início do ano letivo, a procura por materiais escolares aumenta. Por isso, o Programa de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon), alertou para os materiais exigidos pelas escolas.

Segundo o órgão, itens de uso coletivo não podem ser solicitados pelas escolas, já que se trata de uma prática abusiva. Produtos como materiais de limpeza, higiene e administrativos não podem ser solicitados aos pais.

Além disso, o Procon alertou para os preços dos produtos. A pesquisa de preços é fundamental e “há a possibilidade de compra dos materiais através de grupos de compra” e isso pode garantir bons descontos.

 

Materiais 

 

A lista de alguns materiais que são de responsabilidade da escola são o álcool hidrogenado; algodão; fitas adesivas; material de escritório; material de limpeza;  cola para isopor, dentre outros. A lista dos materiais deve ser fornecida com antecedência pelas escolas. 

O Procon de Minas Gerais orienta que no caso de eventuais dúvidas quanto à lista, o responsável pelo aluno deve, primeiramente, procurar a escola com objetivo de sanar as dúvidas ou reclamações. Não surtindo efeito, o Procon poderá ser acionado pelos responsáveis.

 

Em Divinópolis, o Procon funciona na avenida Getúlio Vargas, número 121, no Centro. O telefone para mais informações é o 3229-6550.

 

 

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