Preço do leite cai abaixo de R$ 5

Redução é atribuída a baixa na procura dos produtos pelo consumidor

Jorge Guimarães 

Depois de altas, que pegaram o consumidor de surpresa, com o litro do leite chegando a bater nos R$ 8, o preço da bebida começou a cair nas gôndolas dos supermercados da cidade. O consumidor já encontra o litro com valores abaixo de R$ 5, conforme a rede e a marca. Segundo  levantamento feito pela reportagem, o preço médio está em torno dos R$ 5,39. O mais alto preço comercializado é de R$ 8,00.

— Os preços vêm se ajustando devido à queda no consumo. Com a alta nos preços observada desde julho, a população reduziu o consumo de leite e derivados, aumentando o estoque nos laticínios. Com o preço ficando inviável, as pessoas deixaram de consumir e optaram por produtos mais baratos, como a bebida láctea. E logo que iniciar o período chuvoso, os custos de produção diminuem, refletindo ainda mais na queda nos preços ao consumidor — avalia o empresário do ramo supermercadista, Gilson Teodoro Amaral.  

Derivados

A queda de preço também já chegou aos derivados do leite, como a muçarela, que até um mês atrás era vendida a R$ 62,00, na data de ontem era encontrada entre R$ 37,45 e R$ 44,40, dependendo de marca e de loja de rede.

— Desde a semana passada, o preço da muçarela vem tendo quedas e em preços de promoções. Eu, como trabalho com lanchonete, estou aproveitando e fazendo um estoque em peças inteiras. Espero que os preços agora voltem a sua normalidade o mais breve possível — definiu o gerente Ênio Ferreira.

 

Preços 

 

Na opinião do economista Leandro Maia, a queda do consumo é um dos pilares relevantes que  interferiu diretamente no preço final ao consumidor. 

— Toda a engrenagem do comércio varejista funciona dentro da lei da oferta e da procura. Como o consumidor parou de comprar, a indústria se viu cercada de um grande estoque de produtos, que agora tem que comercializar, para evitar perdas. Nos próximos meses, é que vamos saber se a manutenção da redução vai se manter — analisou o economista.

 

Já para o gerente de rede Robson Oliveira, o cliente, que antes levava de dois a três litros, agora leva um.

— As vendas caíram muito em relação aos meses anteriores. Assim, a indústria ficou com grande estoque que agora está comercializando o mesmo. Esses preços devem se manter até a chegada das temporadas de chuvas, que começa em novembro — disse o gerente.

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