Postos em Divinópolis já exibem novos preços

Aumento dos combustíveis entrou em vigor ontem

Jorge Guimarães

Quem abasteceu ontem nos postos de combustíveis de Divinópolis já pagou mais caro. O reajuste aconteceu após impasse entre a equipe econômica, comandada pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e a ala política, que não queria o aumento de preços dos combustíveis, o governo optou pela reoneração parcial. A medida, anunciada na tarde desta terça-feira, 28, entrou em vigor ontem. Com a volta parcial de impostos federais, PIS e Cofins para a gasolina e o etanol, por meio de Medida Provisória, o governo contornou a situação envolvendo ambas as alas.  Assim, a gasolina está mais cara R$ 0,34 nas bombas e o etanol, R$ 0,02. 

O aumento seria maior, mas a Petrobras reduziu em R$ 0,13 o preço do litro gasolina e R$ 0,08 para o diesel.

Preços 

Antecipando possíveis alterações nos preços dos combustíveis, a reportagem fez um levantamento dos custos praticados em postos da cidade. Em muitos deles, o valor praticado era o mesmo, de R$ 4,99, divergindo por questões de centavos. Já na manhã de ontem, em nova pesquisa, verificou-se que, em alguns pontos, mesmo depois dos aumentos concedidos, ainda trabalhavam com o preço de R$ 4,99 - houve ainda um local de venda que comercializava a R$ 4,95, o menor encontrado. 

Havia revendas que também praticavam o preço à vista em R$ 5,28 e o prazo a R$ 5,38. O valor médio pesquisado ficou em torno dos R$ 5,38 - o maior deles em R$ 5,49, configurando um aumento médio na casa dos 10%. 

— Ainda estamos trabalhando com o preço praticado há mais ou menos uma semana. Mas  como já compramos com os novos preços, o mais certo é que, na parte da tarde desta quarta, tenhamos corrigido os nossos valores. Não posso garantir até qual horário iremos trabalhar com a gasolina a R$ 4,95 — explicou o gerente, Fabricio Alexandre Fontes.

Para o comerciante Paulo Oliveira, o jeito é pesquisar.

— Hoje, pela manhã, passando pela avenida JK,  em uma distância de um quarteirão, um posto vendia a gasolina a R$ 5,39 e o outro a R$ 4,99. Por isso digo que devemos sempre pesquisar. Faço a minha, mas sempre verifico a procedência do produto — disse. 

 

Minaspetro

 

Em nota, o Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Estado de Minas Gerais (Minaspetro) avalia negativamente as mudanças do mercado de combustíveis.

— O setor varejista lamenta a volta dos impostos federais e, junto com os consumidores, também sofre os danos da alta dos preços, com evidente redução direta nas vendas na pista e necessidade imediata de aumentar o capital de giro. A revenda é composta, em sua maioria, por pequenos empresários, que geram milhares de empregos e renda para a economia nacional e que, historicamente, estão à mercê de decisões políticas que geram incertezas para o gerenciamento do negócio. Vale destacar que cada empresário é livre para praticar seu preço, levando em conta os custos envolvidos nos elos da cadeia, e que as margens médias de lucro do setor vem se mantendo estáveis ao longo dos anos — posicionou-se.

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