Policlínica passa por reforma após histórico de problemas
Paredes mofadas, danos na estrutura do teto e buracos nos corredores fazem parte do local; licitação foi aberta pela Semusa
Bruno Bueno
O Agora denunciou, por diversas vezes, as péssimas condições estruturais da Policlínica de Divinópolis. Matérias veiculadas entre o fim de 2021 e o início deste ano mostraram os danos estruturais do local. A situação, contudo, está próxima da solução. Após o histórico de problemas, o espaço finalmente será revitalizado pelo Executivo. De acordo com informações da Secretaria Municipal de Saúde (Semusa), um processo licitatório foi aberto nesta semana para a contratação de uma empresa prestadora de serviços.
Reparos
Ainda conforme a Prefeitura, os trabalhos incluem a elaboração de diversos projetos.
— Entre as obras, destacam-se os reparos da cobertura, estrutura de cobertura e sistema de drenagem de águas pluviais de cobertura. Os envelopes serão abertos no dia 30, às 15 horas, na Sala de Licitações do Centro Administrativo de Divinópolis (Cead) — disse.
O edital completo estará disponível para os interessados no site da Prefeitura www.divinopolis.mg.gov.br. Mais informações podem ser obtidas pelos telefones (37) 3229-8127 ou 3229-8128.
Problemas
Em outubro do ano passado, a reportagem recebeu diversas denúncias das péssimas condições do local. Paredes mofadas, danos na estrutura do teto e buracos nos corredores foram apenas algumas das reclamações feitas por usuários.
A unidade é responsável pelo Serviço de Assistência Especializada (SAE) que atende o Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA). O setor oferece exames de testagem de HIV, sífilis e hepatites B e C gratuitamente para a população de 55 municípios. Além disso, consultas com infectologistas, acompanhamento psicológico, assistência social e dispensação de medicamentos são promovidas.
Agravamento
A situação que já era ruim piorou no início deste ano. Após as fortes chuvas que atingiram o município, o forro de gesso do raio-x apresentou vazamentos sérios.
— Imediatamente, a gestão do local providenciou a mudança do atendimento da população que estava agendada, para o outro equipamento no térreo do prédio com entrada da rua São Paulo, para evitar risco aos trabalhadores bem como para os usuários — comunicou a Prefeitura na época.
No mesmo dia, o Executivo declarou que já havia produzido um projeto de reestruturação do telhado.
— Por se tratar de uma obra de alto valor financeiro e grande tempo de execução, demanda planejamento detalhado para a aplicação correta do recurso público, bem como deve obedecer às normas técnicas específicas — relatou.
A nota encerra com a justificativa do Município para os grandes problemas evidenciados no espaço.
— O prédio da Policlínica, assim como as demais estruturas físicas da Semusa, não passam por um levantamento técnico há vários anos. A Administração Municipal informa que, assim que assumiu o governo, se deparou com estrutura em altíssimo grau de deterioração na área da saúde, mas, a adequação, o mapeamento dos riscos e as melhorias a serem feitas já estão em curso — conclui.