Paz

João Carlos Ramos

 

Paz

 

"O reino do mundo se tornou do Senhor e de seu Cristo e ele reinará para todo sempre" - Apoc. 11:15.

O texto acima descrito se refere à introdução do reino milenial. Explico: o momento atual (2022) é um período de expectativa, pois, à altura dos acontecimentos, o reino satânico que se iniciou no Jardim do Éden se aproxima de seu fim. Segundo a Bíblia Sagrada, o Querubim ungido, guardador de pedras preciosas, Lúcifer, se rebelou contra Deus e conseguiu arrastar a terça parte dos Anjos. O objetivo dele era se tornar "semelhante ao altíssimo", mas por causa disso foi expulso para as partes mais baixas da terra, como exemplo de punição eterna. Algemados, aguardam o Juízo final, exceto Lúcifer, que já está condenado.

"o príncipe deste mundo já está julgado - João 16:11." Os demais Anjos rebeldes, que se tornaram espíritos das trevas, perderam para sempre a Luz Divina e serão julgados por suas atitudes reprováveis.

Toda a cristandade aguarda o misterioso ARREBATAMENTO, quando os mortos que dormiram em Cristo ressuscitarão para a vida eterna. A doutrina do Arrebatamento é crida por uns e criticada por outros, mas não importa, pois Deus não é sujeito a ressentimentos e exigências para demonstrações de poder e soberania. Para ele tanto faz a opinião do homem...

Quanto aos crentes no Arrebatamento, segundo a Bíblia, logo após esse fato, se seguirá o período mais tenebroso da humanidade, que é o cumprimento da metade da última semana de Daniel 9.

Interpretando corretamente, significa os 3 anos e meio da cognominada "Grande tribulação". Ela se inicia com a terceira grande Guerra Mundial, quando as 7 taças da ira de Deus serão derramadas sobre aqueles que não subiram no Arrebatamento. Logo após, "o reino do mundo torna-se do Senhor e de seu Cristo", pois o Éden será novamente  implantado. Alguém perguntará: — Como assim?

Temos três corpos: O físico, o teofânico e o eternal. No corpo físico, vivemos o período de angústias e expiações, bem como a oportunidade de decisões eternas. No corpo teofânico, podemos viver no corpo provisório, enquanto aguardamos o corpo eterno que se refere ao corpo físico ressuscitado (ou transformado), revestido de incorruptibilidade e perfeição, semelhante ao Altíssimo.

Nesse período se cumpre o versículo acima citado, quando realmente teremos a paz que tanto almejamos. Abramos um parêntesis para analisarmos a realidade do mundo totalmente sem paz:

a maioria das religiões pregam a paz e vivem a guerra, através de suas pretensões e atitudes de ambições de poder. Agora mesmo a Rússia, através do atual presidente, Vladimir Putin, acende o estopim de uma crise sem precedentes, atacando a Ucrânia. A Ucrânia, por sua vez, tem o dever cívico de se defender e matar seus invasores. Os países ocidentais ficam atônitos com as consequências catastróficas que atingirão a todos e o medo de "sobrar para eles". O mundo oriental, por sua vez, também teme, não apenas as mortes, mas o caos econômico que pode se instalar no mundo. Realmente a paz está longe de ser alcançada… Mesmo que assinem um acordo de paz e cooperação mútua, não haverá mais credibilidade em nenhuma das partes. Não existe paz que o mundo possa oferecer, mas somente Cristo com seu exemplo de grandeza maior, nos ensinando a "amar os inimigos e orar pelos nossos perseguidores". Meditemos no Salmo 4 de Davi, que é o Salmo da paz: "Ouve-me quando clamo, ó Deus da minha justiça!

Na angústia me deste largueza. Tem misericórdia de mim e ouve a minha oração. Filhos dos homens, até quando convertereis minha glória em vexame? Até quando amareis a vaidade e buscareis a mentira? Sabei pois que o Senhor separou para si aquele que é piedoso. O Senhor ouvirá quando eu clamar a ele. Perturbai-vos e não pequeis. Consultai no travesseiro vosso coração e sossegai. Oferecei sacrifícios de justiça e confiai no Senhor. Muitos dizem: Quem nos dará a conhecer o bem? Exalta sobre nós a alegria de seu rosto. Quando lhes há fartura de cereal e vinho, em paz me deito e logo pego no sono, porque só tu, Senhor, me fazes repousar seguro".

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