Passagens intermunicipais ficam 17,54% mais caras

Alta dos combustíveis e custo de manutenção foram reivindicações cobradas pelo setor

 

Jorge Guimarães

Desde a última segunda-feira, 16, está mais caro andar em ônibus intermunicipais em Minas Gerais. As passagens subiram 17,54% para as linhas que operam no asfalto, e 16,84% para as linhas que circulam em estradas não pavimentadas. O aumento, segundo a Secretaria de Estado de Infraestrutura e Mobilidade (Seinfra), foi uma reivindicação das empresas que operam no estado. 

Corrigir a defasagem dos valores ocorridos nos 12 meses, considerando a variação dos preços de combustíveis, peças de reposição, manutenção, entre outros, foram também reivindicações dos empresários do setor.

 

Destinos

A reportagem esteve no Terminal Rodoviário Joaquim Martins Lara para conferir os novos preços cobrados para os destinos mais comuns. Para a linha que faz a capital dos mineiros, Belo Horizonte, por exemplo, o ônibus convencional, que antes era de R$ 49,25, passou para R$ 57,27. Já o executivo saltou de  R$ 71,30 para R$ 81,30. Em outra empresa, que tem em sua linha ônibus para a histórica São João del-Rei, uma das mais utilizadas dentro do estado, o preço anterior era de R$ 70,35 e passou a ser de R$ 82,10. Outra empresa pesquisada foi a que menos utilizou o percentual de aumento em suas passagens. Por exemplo, para Formiga, que era de R$ 34,15, subiu para R$ 37,15 – Bom Despacho, antes era R$ 33,60, e foi para R$ 38,95. Já para Pompéu, mais distante, a passagem, que custava R$ 65,65, foi para R$ 76,90.

 

Opções

Diante de tantas altas, uma das opções para os usuários são as linhas alternativas, em que empresas fazem parcerias entre si, reduzindo o preço da viagem.

— Vou muito a Belo Horizonte e, nos últimos meses, minhas opções são as compras de passagens via site ou outra opção mais em conta. Em ambos os casos, a diferença fica na faixa de 36% — revela o estudante Guilherme Ferreira. 

Já a comerciária Isabel Gomes usa de outra forma para escapar das taxas de embarques nas rodoviárias.

 

— Eu sempre aguardo o ônibus fora da rodoviária, assim evito de pagar a taxa de embarque. Não é muito, mas já ajuda. Ou, então, procuro grupos na internet que oferecem carona, sempre consigo. Tomando sempre todo o cuidado, como pegando referências. Temos que nos virar para sobrar um troco a mais no fim do mês — disse.

 

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