Parte técnica da Prefeitura lavou as mãos, diz servidora

Controlador, procurador e secretário de Administração não podem ser carimbadores do município, questiona vereadora

Da Redação 

A gerente financeira da Secretaria Municipal de Educação, Daniela Mara de Almeida, desabafou, nesta terça-feira, 7, em depoimento aos vereadores na CPI da Educação. A servidora de carreira disse que a parte técnica da Prefeitura de Divinópolis lavou as mãos referente a licitação de R$ 32 milhões para compra de equipamentos da Educação.

Daniela Mara destacou no final do seu depoimento o isolamento da Secretaria Municipal de Educação nas investigações da CPI. 

— Pelas oitivas anteriores ficamos com muita tristeza. É por ver que a parte técnica da Prefeitura, que tem expertise para tal, tá lavando as mãos. Trabalho lá há 17 anos e temos competência para tal e, é por isso, que temos os setores na Prefeitura. Se não fosse dessa forma tinha que ter na Secretaria de Educação um setor de compras, controladoria e procuradoria — afirmou a servidora.

Setores 

Daniela Mara revelou ainda que o modelo adotado pelo Município foi inédito para a Secretaria de Educação. 

— Ficamos muito chateados porque foi a primeira vez que fizemos o processo, a juntada dos documentos e enviamos. Passou pelo setor de compras, controladoria, procuradoria e aí volta tudo para Secretaria de Educação? O processo não está errado e foi feito de acordo com a legislação. São 10 secretarias e imagino que todas estão como eu. Estão com medo de comprar — afirmou Mara.

A vereadora Lohanna França (PV) afirmou ser inadmissível a responsabilidade das compras milionárias com suspeitas de superfaturamento serem atribuídas exclusivamente à Secretaria de Educação. 

— É inadmissível para qualquer divinopolitano entender que um controlador, um procurador e secretaria de Administração sejam apenas carimbadores do município. Não justifica o salário, a estrutura de governo. Tinha tanta coisa para fiscalizar e eles deveriam ter visto — destacou.

 

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