Pão francês sobe mais que a inflação

Constantes altas afetam preço do café da manhã do divinopolitano

Jorge Guimarães

A guerra entre Ucrânia e Rússia, maiores fornecedores de trigo do mundo, continua a afetar diretamente o consumidor. Segundo levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o preço do pão subiu duas vezes mais do que a inflação dos últimos 12 meses, chegando a quase 17%. Agregado ao aumento do leite e de seus derivados e ao valor do pó de café, a conta do café da manhã fica ainda mais alta para o consumidor final. 

Preços

A refeição matinal do divinopolitano ficou mais cara nos últimos 12 meses. Quem está acostumado a iniciar o dia com o tradicional pão francês com manteiga e café com leite sentiu no bolso.

— A alta do pão francês é decorrente da baixa oferta do trigo no mercado interno e a desvalorização cambial. Com o real desvalorizado frente ao dólar, o grão fica mais caro e isso impacta para o produtor, já que a maior parte desse insumo é importado — avalia o supervisor de uma rede de supermercados, Robson Pires. 

O preço do quilo do pão francês, ontem, em determinada rede de lojas, estava em R$ 12,90, valor que não se diferencia muito entre as outras redes que atuam na cidade. 

— A alta da energia e dos insumos também foram importantes fatores para o aumento de muitos itens. Optamos por agregar mais fornecedores para que tenhamos um maior mix de ofertas e, assim, tentar alinhar um melhor preço final ao consumidor — disse o gerente, Walter Wagner. 

Opções

Para fugir do tradicional, as opções são diversas. 

— Lá em casa estamos alternando com receitas variadas de biscoitos de polvilho. É uma delícia de opção para fugir um pouco do tradicional — disse a dona de casa Lenita Santos.

 

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