Pai...

Amnysinho Rachid

 

Pai...

 

Este domingo foi deliciosamente curtido por ser pai e por ter ao meu lado o meu sonho maior, meu Nasser.

Que delícia ser paparicado, amado e notar que estamos no caminho certo. Plantamos amor e o retorno é certo, um filho que me dá orgulho.

Neste dia, não tem jeito, passa um filme na cabeça: como foi o começo de tudo, aquele planejamento e as inseguranças daquela grande etapa, com certeza a maior de nossas vidas ‒  ter o nosso rebento e educá-lo para o mundo. Saber e entender que em muitas tentativas, nem todas certas, traçamos um caminho e que, graças ao Criador, deu muito certo.

Quando você faz a constelação, nota que tudo na sua vida se resume em como tudo começou e que, ruim ou excelente, você é fruto daquele casal que te deu à luz ‒ e para que tudo dê certo tem que respeitar e entendê-los. Acha que é fácil, mas não é. E depois que se descobre a fórmula mágica, tudo torna-se possível e mais fácil, e nota que as coisa acontecem, bora ser feliz...

Com certeza, acredito ser um bom pai ‒ humano, né? ‒, com muitos erros e grandes acertos.

Tenho na minha cartilha de vida meu maior ídolo, meu pai, um cara fantástico que deixou cravado em mim sua marca forte que, com certeza, é e sempre será minha mola propulsora.

Tenho doces lembranças do meu maior amigo e quem o conheceu e me conhece dizem que sou a cópia dele, com minhas características dando essa mágica diferença.

Tenho casos marcantes da sua personalidade em minha vida ‒ uma pessoa que nunca dizia não, mas que te provava que aquilo não era para você. Lembro que, aos 12 anos, apareceu aqui na terrinha uma Kombi Tatu, aquela de fazer tatuagens. Fiquei louco para fazer e virei uma sarna no meu pai. Até que, um dia, ele cansou e disse “Ok, vamos lá ver”. Ao chegar, fui logo mostrando um dragão enorme, meu pai me motivou e foi logo dizendo estar lindo, me deixou seguir até conversando com o tatuador. Meu pai foi falando que podia fazer a tatuagem, só que seriam duas ‒, não entendi mas prosseguimos. Aí ele foi explicar “Faça o dragão que o menino quer, só que antes, no outro braço, você vai fazer uma que será uma frase que vou ditar. Escreve aí: ‘Essa bosta que ele fez no outro braço não foi por minha vontade, assinado o pai’”. Fiquei louco e fui logo dizendo: “Aí não dá, né, pai?”. E ele foi me dizendo já saindo: “Vamos embora, filho, se não concorda, não fazemos”. Fomos em paz e a vontade passou.

Meu querido mentor, de grandes e deliciosos casos, que um dia fará parte do meu livro com capítulos deliciosamente vividos.

Pai, tenho muita saudade, mas, quando aperta, paro e lembro de alguns momentos vividos ao seu lado e logo vem o bálsamo das minhas memórias que acalma meu coração.

Querido filho, meu Nasser, meu muito obrigado pelo grande presente que ganhei ao se tornar seu pai...  É muito amor que nem sempre é falado, mas espero sempre que seja sentido...

E continuamos aqui realizando sonhos, NO HALL negócios imobiliários, rua Paraíba, 913, Centro.

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