Padre Lancelloti e a tecnologia do domínio

CREPÚSCULO DA LEI – Ano VI – CCLXXII

Não é recente a perseguição que um grupelho de - inescrupulosos e imorais - integrantes de mbl (sigla em minúsculo, que nem merece ser decifrada) vem fazendo contra o Padre Lancelloti, em São Paulo.

Em 2020 o execrável (ex-deputado) “mamãe falei” (em minúsculo também, aquele que renunciou covardemente ao mandato depois do mau-caratismo contra as ucranianas) já havia acusado falsamente o Padre Lancelloti por “diálogos sexuais” com um menor de 16 anos. A intenção do execrável ex-deputado era impulsionar sua candidatura à prefeitura da capital paulista naquele ano.

Entretanto, conforme apurado (vide depoimento das testemunhas Fernando Dainese e Lucas Studart), o tal “menor de 16 anos” - que se dizia chamar “Matheus Rocha Nunes” - era, na verdade, Guto Zacarias, de 21 anos, um assessor parlamentar do próprio “mamãe falei” (...).

O golpe foi realizado mediante contas e diálogos falsos no facebook, uma canalhice que não causa espanto algum em quem acompanha a performance “política” dos envolvidos.

Agora, em 2024, outro golpe. Mesma vítima, mesma canalhice, mesmo grupelho de - inescrupulosos e imorais - integrantes do mbl, mesmo tema de cunho sexual. Trata-se de uma tramoia de um vídeo contendo “diálogos e atitudes sexuais” do Padre Lancelloti com “um menor”. De novo. Cáspite!

Será que esse grupelho - imoral e inescrupuloso - do mbl pensa que todo mundo é dotado das mesmas perversões sexuais que eles? (vide o caso das ucranianas)

O tal vídeo do mbl é lastreado em práticas e métodos bolsonaristas, divulgado por revistas bolsonaristas e periciado – por encomenda – por um jornalista/perito bolsonarista (e filha). Queriam que tipo de laudo(?)

(...)

Óbvio que peritos sérios já refutaram a tal peça ridícula, inclusive na metodologia ridícula utilizada. Nenhum “expert” no tema vai dar atenção às técnicas baseadas em prosopografias, incapazes de analisar a interferência da inteligência artificial (IA) nas imagens. Sequer tem denúncia, óbvio.

Infelizmente, é desse tipo de tema que sobrevive tais pessoas e tais ideologias de extrema direta de fuga da realidade: na pauta moralista. E sem moral. Sob este aspecto, expõe-se assim, claramente, um pequeno exemplo das práticas da Teologia do Domínio, adotada pelos empresários da fé e pelos investidores do mercado financeiro dizimista. 

Para tal teologia, abandona-se evangelho de Jesus e adota-se o “evangelho de filisteus”. Abandona-se o foco nas práticas e ensinamentos do Cristo para adotar as práticas e comportamentos de Davi. Abandona-se a teologia da prosperidade calvinista para adotar a teologia do domínio sionista.

(Conforme relatos bíblicos, Davi violou praticamente toda a dezena mandamental da legislação mosaica, desde matar, desejar a mulher do outro, estuprar e outras barbaridades. Todavia, fez por ampliar os domínios do seu reino, através de violência seguida de arrependimentos premeditados acompanhada por tolerância divina e perdões em abundância.)

Esta é a Teologia do Domínio, a qual adota práticas de reivindicação de uma tal tolerância divina para agir em nome do enriquecimento, cometendo toda a sorte de abusos, mediante a sobreposição de uma lei divina a qualquer lei secular. Os abusos serão, evidentemente, sanados por um mecanismo de discursos envolvendo perdões ajustados em troca de arrependimentos premeditados, tudo em nome de uma nova aquiescência celestial.

Sobre a Teologia do Domínio, portanto, o importa mesmo é dominar através dos céus, e enriquecer bastante, pois tudo é perdoável “quando se arrepende”. Claro, então, que o Padre Lancellotti, envolvido com a pobreza, está muito longe dela. Graças a Deus.

 

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