Os hebreus continuam matando os filisteus

CREPÚSCULO DA LEI – Ano IV – LXXVIII

 

OS HEBREUS CONTINUAM MATANDO OS FILISTEUS

Os hebreus eram um antigo povo nômade em conflito com o império egípcio que, perdedores e submetidos ao espólio da escravização, foram buscar refúgio atacando as terras dos filisteus (mais fracos) sob pretexto de uma orientação divina própria.

Esse é um breve resumo da tomada de terras pelos hebreus (Israel) em desfavor dos filisteus (“Philistine”, Palestina) e foi nesse contexto que Canaã foi tomada mediante “promessa” de uma divindade desconhecida pelos próprios atacados. 

Desde então a terra palestina se mantém distante e espoliada de seus legítimos donos. 

A situação agravou-se em 1948 quando, depois de alguns atentados promovidos por grupos terroristas do Irgun – contra a Inglaterra –  foi “criado” o estado de Israel em terras dos filisteus, ou seja, na Palestina. Essa data é conhecida pelos palestinos e demais países vizinhos como Al Nakba, “A Catástrofe”.

Assim, o Holocausto que havia terminado para os judeus começava para os palestinos. Na realidade, para além disso, um verdadeiro genocídio se perpetrou (e continua) contra o povo palestino.

Sem apoio internacional, impedidos de se constituírem como estado, impedidos de tudo e submetidos a toda sorte de violência, humilhações e crimes contra a humanidade, os palestinos estão sendo eliminados covardemente.

As terras palestinas estão se exaurindo, roubadas por assentamentos ilegais amparados pelos ataques do exército israelense. A Faixa de Gaza palestina é o maior campo de concentração do mundo, onde se pratica toda a sorte de crueldades possíveis contra crianças palestinas (presas ou mortas), jovens (presos ou mortos), mulheres (presas ou mortas), enfim, contra a humanidade palestina.

Claro que o mundo desconhece tais fatos.

O poder de propaganda israelense controla “a verdade” à sua maneira, inclusive matando seus portadores.

No dia 11 de maio de 2022, a jornalista palestina Shireen Abu Aqleh foi brutalmente assassinada enquanto trabalhava (25 anos de profissão), ou seja, enquanto exercia seu trabalho informativo sobre a realidade palestina sob dominação israelense.

Como se não bastasse, o cortejo que tentava dar-lhe um funeral digno foi covardemente atacado pelas forças israelenses mediante agressões que levaram a urna ao chão. As imagens de tudo – angustiantes – estão disponíveis na rede mundial de computadores. Também estão disponíveis – basta querer conferir – outras centenas de ataques brutais de forças israelenses contra civis palestinos.

Ela não foi a primeira. Já foram dezenas de jornalistas mortos.

Não há um contrapoder, não nenhuma organização internacional que possa colocar um fim, ao menos um limite ao genocídio sofrido pelos palestinos. A ONU não é acatada e os EUA apoiam Israel. Nada de Corte Internacional de Justiça, nada de Tribunal Penal Internacional. Talvez aos africanos, apenas? 

O que fazer pelos palestinos?

(...)

A comoção humanitária ao sofrimento do povo palestino deveria ser aquela mesma da comoção ao sofrimento do povo judeu. Tudo é humanidade. É exatamente em respeito ao povo judeu que todo sofrimento deve ser impedido e jamais repetido.

Comentários