Onde está a igualdade?

Batendo Bola

 

José Carlos de Oliveira

 

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Onde está a igualdade?

A posição do governador da Flórida, Ron DeSantis, de peitar a NCAA, órgão que cuida do esporte universitário norte-americano e não reconhecer a medalha de ouro de uma atleta trans (um cara que nasceu homem, mas que se julga mulher), é apenas a ponta do iceberg, pois muitos outros seguirão pelo mesmo caminho e não sem razão. 

É querer demais a qualquer ser humano que se diz inteligente admitir que um atleta que nasceu homem e viveu anos assim com tudo de homem, como musculação e força – possa querer, de uma hora para outra, competir (em igualdade de condições) com as atletas femininas. 

É achar que todo o resto do mundo é um bando de imbecis e somente eles estão com a razão.

 

Nada contra

Se o cara quer ser trans e viver como mulher é um problema unicamente dele. Deus nos dá livre arbítrio para sermos o que bem quisermos. Mas daí a usar de sua posição para obter vantagens “já são outros quinhentos” e é exatamente isso que acontece quando um homem (mulher) tem a chance de competir com as garotas nos esportes femininos. 

Quer ser mulher, se sentir como mulher? Tudo bem, é um direito, mas tirar vantagem, não. 

 

Entenda o caso

E para que os lacradores de plantão não comecem agora a me criticar por minha posição, que prestem bem atenção à foto que ilustra esta coluna e tentem, se é que conseguirão, encontrar alguma lógica na situação. 

A nadadora trans Lia Thomas competiu durante mais de três anos com os homens, e não será qualquer tratamento de hormônio, por mais perfeito que este seja, que vá lhe tirar a vantagem que adquiriu em ganho e força física durante décadas, desde o nascimento. 

E usar isso contra as garotas, que passam anos, durante horas todos os dias, treinando em busca dos seus sonhos, é uma bruta de uma sacanagem. De repente, como do nada, aparece um homem que se diz mulher e vem lhes roubar todos os seus sonhos.

Aí é que está a questão. Nada contra a opção da Lia Thomas ou de qualquer outro(a), mas, se tomaram uma decisão de ser o que quiserem, que pelo menos não tentem tirar vantagem de sua nova situação e nem venham roubar os sonhos dos outros.

 

Em tempo 

E para alegria das atletas femininas de todos os cantos da Terra, que suam o uniforme para ter um lugar ao sol, o governador da Flórida deu o pontapé e reconheceu como vencedora da medalha de ouro a segunda colocada (e real campeã) Emma Weyant, de Sarasota [cidade da Flórida], como a melhor nadadora feminina nas 500 jardas estilo livre.

 

 

Sábado é dia de clássico

Depois de dois anos fora da final mineira, o Cruzeiro volta a se garantir na decisão e, seja qual for o resultado do duelo com o Galo, no próximo sábado, já tem motivos para festejar. O time comandado pelo técnico uruguaio Pezzolano pode não ser a equipe dos sonhos da China Azul, mas vai ganhando corpo e identidade, tendo tudo para escrever bons capítulos na temporada estrelada.

Agora para a final do estadual, a parada já é mais torta. A equipe atleticana está entre as melhores do continente sul-americano e, em condições normais de tempo e temperatura, é, sim, a grande favorita.

Ao Cruzeiro só resta se igualar ao rival em força e vontade e, quem sabe assim, sonhar com o lugar mais alto do pódio. 

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