Onda vermelha é a nova expectativa do comércio

Representantes políticos se reuniram com secretário de Estado de Saúde, que deve reavaliar a situação da cidade

Bruno Bueno

A abertura do comércio não essencial pode estar próxima na cidade. Ao menos é o que indicou a reunião entre várias figuras políticas de Divinópolis, que, na tarde de ontem, sinalizaram, juntamente do secretário de Estado de Saúde, Fábio Baccheretti, o avanço do município para a onda vermelha do Minas Consciente. 

Além do secretário adjunto de Saúde, André Luiz Moreira dos Anjos, foram pedir ajuda ao Governo de Minas o deputado estadual Cleitinho Azevedo (CDN), o prefeito de Divinópolis, Gleidson Azevedo (PSC), a vice-prefeita, Janete Aparecida (PSC), o presidente da Câmara de Divinópolis, Eduardo Print Júnior (PSDB), o secretário de Saúde, Alan Rodrigo, e o deputado federal Domingos Sávio (PSDB).

Dificuldades

Durante a reunião, o deputado federal Domingos Sávio destacou as dificuldades que os comerciantes têm passado durante a onda roxa.

— Nossa preocupação é salvar vidas. Mas não podemos permitir que a economia desacelere a ponto de vermos comércios fechando as portas e pessoas enfrentando dificuldades financeiras para manter suas famílias — afirmou o deputado durante a reunião.

Ainda segundo o parlamentar, Divinópolis já possui condições de abrir o comércio na próxima semana.

— A retomada de mais atividades viabiliza o comércio. E a imensa maioria dos comerciantes está consciente em relação às novas normas sanitárias necessárias para o funcionamento — destacou.

Mais leitos

Ainda segundo apuração da reportagem, os representantes de Divinópolis pediram a chegada de mais leitos para a cidade com urgência. Foi pedido, ainda, a aceleração da abertura do Hospital Regional, que receberá 60 novos leitos para atender pacientes com covid-19, sendo 40 de enfermaria e 20 de UTI.

Segundo os políticos, o secretário Fábio recebeu as demandas e está avaliando a possibilidade.

Fora da distribuição

Em outro desdobramento da pandemia, Divinópolis ficou novamente fora da distribuição de medicamentos para intubar pacientes com covid. No último sábado, 17, Minas Gerais recebeu mais de 133 mil unidades do kit intubação para serem distribuídos aos hospitais do Estado.

O município já havia ficado fora da distribuição na semana passada. Apenas a Casa de Caridade Manoel Gonçalves de Sousa Moreira, de Itaúna, o Hospital de Campanha de Formiga, a Fundação São Carlos, de Lagoa da Prata e a Santa Casa de Misericórdia São Vicente de Paulo, localizada no município de Campo Belo, receberam os medicamentos na região Centro-Oeste.

Desta vez, na região, apenas a Santa Casa São Vicente de Paula, em Nova Serrana, foi contemplada com os medicamentos. A unidade de saúde receberá, conforme informações da Secretaria de Estado de Saúde, 1.900 unidades de medicamentos para intubar pacientes. O restante dos insumos foi distribuído para cidades de outras regiões, com enfoque para a área central e metropolitana do estado, como as cidades de Vespasiano, Ribeirão das Neves e Belo Horizonte.

Seis mortes

A Prefeitura também confirmou, na tarde de ontem, a morte de mais seis pessoas em decorrência do coronavírus. 

O primeiro óbito registrado foi de um homem, de 59 anos, portador de doença cardiovascular crônica e diabetes mellitus. Um jovem, de 22 anos, sem comorbidade, também morreu. Outro homem, de 33 anos, também sem comorbidades, perdeu a vida.

Ainda foram registrados os óbitos de dois homens, ambos de 66 anos, um sem comorbidades e outro portador de doença cardiovascular crônica. Outro homem, este de 41 anos, portador de doença cardiovascular crônica e diabetes mellitus, também morreu em decorrência da doença.

Com os registros, o município chegou à marca de 299 mortes por coronavírus.

 

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