Obras do gasoduto começam e deputados celebram conquista

Domingos Sávio e Eduardo Azevedo participaram da cerimônia; expectativa é atrair novas empresa

Da Redação

Energia mais barata e menos poluente. O início das obras do Gasoduto tem o objetivo de ampliar a disponibilidade energética e potencializar a atração de empresas no Centro-Oeste. Serão oito municípios beneficiados: Betim, Divinópolis, Igarapé, Itaúna, Juatuba, Mateus Leme, São Joaquim de Bicas e Sarzedo. 

No primeiro momento, haverá frentes de serviço em Betim, Mateus Leme e Divinópolis.

Presença

A construção começou na segunda-feira, em cerimônia no km 372 da BR-262, em Juatuba. Na oportunidade, estiveram presentes os deputados federal e estadual, Domingos Sávio (PL) e Eduardo Azevedo, mesmo partido, respectivamente, ambos do PL. 

— A previsão de conclusão para 2026 e com um investimento de R$ 800 milhões. Vai beneficiar nossa região Centro-Oeste. É motivo de muita satisfação para nós — celebrou Eduardo. 

Sávio ressaltou que a luta é antiga e agradeceu o olhar de Zema à região.

— Quase R$ bilhão em investimento e não é promessa não: a tubulação já está aqui  a obra começando — fala Sávio. 

O governador Romeu Zema (Novo) também enalteceu o potencial da obra em alavancar ainda mais o desenvolvimento econômico da região. 

— Oito municípios que vão passar a contar com uma fonte de energia mais barata e menos poluente — frisa o governador. 

O investimento estimado é de mais de R$ 800 milhões, com potencial para gerar 15 mil postos de trabalho diretos e indiretos.

Importância

De acordo com o Estado, os oito municípios respondem por 10% do Produto Interno Bruto (PIB) industrial e 7% do PIB total de Minas Gerais e aproximadamente 1 milhão de habitantes, ou 5% da população do Estado.

Economia

Durante seu discurso, o governador ressaltou a importância de impulsionar o desenvolvimento econômico da região. 

— Com essa fonte de energia aqui, vai ter condição de crescer muito mais —enfatizou Zema

O governador também assegurou que os recursos para a obra estão garantidos. 

Etapas

A obra será realizada com testes e gaseificação por etapas. Assim, mesmo antes da conclusão total, “à medida que os trechos forem concluídos, os municípios já poderão se beneficiar do acesso ao insumo”.

— Esses investimentos vão trazer uma energia mais limpa e mais barata para consumidores e indústrias da região. Além disso, o gasoduto vai aumentar muito o potencial de atração de investimentos, pois as indústrias, metalúrgicas, siderúrgicas que fazem uso de eletricidade poderão avaliar se vale a pena ou não usar o gás — explica o governador.

Dentre os principais setores beneficiados, estão os de metalurgia e siderurgia. 

 — Esse projeto vai ser o divisor de águas para a região, porque prepara os municípios para receberem ainda mais investimentos — salienta o secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, Fernando Passalio.

Uma empresa de ferro e aço, em Divinópolis, aguarda com expectativa o gasoduto. Segundo o diretor industrial da empresa, Ricardo Bento, a iniciativa potencializa os resultados do negócio. 

— Hoje, dentro do meu custo variável, o gás é o (insumo) que tem o maior peso, cerca de 30% do custo total. Então, qualquer possibilidade que tiver de reduzir esse custo representa demais no resultado operacional da empresa. Esperamos que ele (gás natural) chegue em volumes consideráveis e com custo competitivo — argumentou Passalio.

Além disso, é ressaltado a possibilidade de reduzir a poluição e a emissão de gases. 

Presidente do Sindicato da Indústria da Fundição no Estado de Minas Gerais (Sifumg) e vice-presidente da Associação Brasileira da Indústria de Fundição (Abifa),  Afonso Gonzaga, analisa que, além da expectativa em contribuir para a maior produtividade e competitividade, a construção do gasoduto já movimenta investimentos e geração de empregos na região.

— Vamos reduzir em 18%, em média, o custo industrial, o que vai nos dar competitividade, produtividade e, ainda, a oportunidade de colocar a nossa região na vitrine para novas empresas de fundição. Hoje, empregamos 1,5 milhão de pessoas, e isso (gasoduto) pode atrair ainda mais empresas para cá — afirma Gonzaga.

Minas Gerais é, de acordo com o presidente sindical, o segundo maior produtor de fundidos do Brasil. Em 2023, foram 670 mil toneladas, sendo 30% delas produzidas no Arranjos Produtivos Locais [APL] localizado no Centro-Oeste mineiro. O setor é majoritariamente composto por pequenas e médias empresas: 92%.

— Além desses, mais APLs podem se beneficiar, em diferentes níveis, do gás natural na região, como o de Móveis de Carmo do Cajuru, de Calçados de Nova Serrana, Fogos de Artifício de Santo Antônio do Monte, Vestuário de Divinópolis, Confecção de Lagoa da Prata, Cachaça de Córrego Fundo e Avicultura e Suinocultura de Pará de Minas — informou. 

 



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