O Holocausto do Século XXI
CREPÚSCULO DA LEI – Ano VI – CCLLXX
Assim como foi o nazismo, o sionismo é uma ideologia política de estado nacionalista expansionista. Assim como fez o extremado nazismo, o sionismo também foi ao extremo de se utilizar do estado para promover limpeza étnica e tomada de territórios mediante todos os meios disponíveis, sem obedecer ou respeitar qualquer lei ou tratado internacional.
O sionismo extremista, de opção pela prática da violência de estado, imita a versão nazista das práticas genocidas do século passado, mas agora praticadas contra o estado e povo palestino. Sob esse aspecto, trata-se de uma violência tão aviltante ao senso humanitário que chega a ser criticada e combatida por boa parte da própria população de Israel e de milhares de judeus, que não compactuam e não compartilham com a violência empregada pelo sionismo extremista.
Nem todo israelense, nem todo judeu é a favor da violência do sionismo. Ao contrário, é uma minoria. A grande maioria é contra essa violência e se comove diante da barbárie praticada em Gaza e na Palestina.
Evidentemente que o sionismo extremista, como tentativa de justificar seu injustificável uso da violência, faz confundir a opinião pública ao envolver questões do antissemitismo. Ora, antissemitismo é racismo contra o povo judeu, o qual é um povo honrado e respeitado em sua ancestralidade histórica, principalmente religiosa.
Portanto, não há que se confundir sionismo - ideologia de expansão - com antissemitismo, que é uma espécie de racismo e, como tal, deve ser repudiado e condenado. O povo judeu merece todo a respeito e todas as garantias do direito planetário.
A questão é que, enquanto se faz confundir sionismo com antissemitismo, Gaza está sendo vítima do maior holocausto visto desde as guerras do século passado. O sionismo extremista está praticando um terrível holocausto em Gaza e a ONU está impedida de intervir.
Por absurdo, em pleno século XXI, uma população - em seu próprio território- foi condenada a ser eliminada, desde quando os ingleses tomaram a área dos otomanos em 1917. Seguiu-se que os palestinos passaram a ser negados em sua existência, seguindo-se dezenas de anos de massacres, violações, roubos, torturas, sequestros, estupros e todos os flagelos possíveis que povo pode sofrer sob o domínio de uma força de ocupação inimiga, até roubo de órgãos humanos de prisioneiros.
Tudo isso com o impedimento da devida intervenção da Organização das Nações Unidas (ONU) que, por absurdo, teve diversos dos seus enviados mortos.
O sionismo de limpeza étnica nega a ONU e se mostra reincidente nas negações das resoluções que lhe determinam a desocupação das terras palestinas- inclusive desobedecendo ao acordo de Oslo - como também faz ampliar uma política de extermínio de massa, de genocídio preferencialmente voltado para crianças, praticamente demonstrando uma obsessão por matá-las.
As redes sociais são abundantes em mostrar um exército sionista se divertindo com a morte dos pequenos palestinos, ao escambo da felicidade que sentem os atiradores em vê-los tombados, sem vida.
(...)
A ONU está impedida de atuar no holocausto em Gaza. O braço erguido da embaixadora americana Linda Thomas-Greenfield foi o gesto embargante definitivo de qualquer medida internacional de intervenção na Palestina. Um crime contra a humanidade por omissão.
É sob tais absurdos que o planeta assiste a um terrível holocausto, abundante em provas pelas telas ainda não censuradas. Eis a Palestina sendo explodida bem mais que Hiroshima, corpos pelo chão, sobreviventes agonizando e se arrastando entre ruínas e fumaças. Um massacre que a humanidade e os direitos humanos juraram não mais se repetir.
Vergonhoso saber da reincidência de mais um holocausto. Aviltante saber que representantes da humanidade se comprometeram a evitar outro desde a declaração universal dos direitos humanos. Ultrajante saber que tais representantes faltaram com a palavra e permitiram que que flagelo voltasse a acontecer, bem diante dos nossos olhos, sem que nada seja feito.