O futuro valerá o passado?

 

Andei pensando.. 

Tudo que tem preço não tem dignidade, tudo que tem dignidade não tem preço (Kant) 

 ‘Se eu soubesse que você mudaria tanto, eu não teria feito o que fiz’  

Mas se você não tivesse feito o que você fez, provavelmente eu não teria me tornado quem eu me tornei. 

Na prática isso leva tempo, esforço, estratégia, mudança, reconstrução, constância. Isso me remete a certeza de que não devemos desprezar os pequenos começos, assim como não devemos subestimar as pequenas desavenças. Quando você se dá conta de que se fizesse as pazes antes das rixas, descobre que elas teriam lhe privado de muitas tragédias. 

O que é a vida senão um eterno recomeço? 

A leitura que você faz é feita como os olhos que seu coração enxerga e de como ele está. As medalhas da vida você consegue é no treino e não no pódio. O pódio só serve para você buscá-la. Presenciei isso no transcorrer da semana quando minha menina, a dos cabelos encaracolados, encheu a mim e toda a família de orgulho e alegria com sua aprovação em Medicina. O fato dela levantar todos os dias às 6h30h para levar a irmã caçula ao colégio, sentar diante dos livros às 7:30 e parar às 11h30 para preparar o almoço e só posteriormente seguir para o cursinho, enxertou nela a alegria de superar a si mesma. A medalha dela foi a aprovação que venceu todos os percalços das obrigações que a vida adulta lhe compeliu. No livro: A Viuvinha de José de Alencar, fala dos filhos que tudo tiveram e nada se tornaram e daqueles que com parcos recursos se tornaram muito. Confesso que estou apaixonada pela obra que relata com clareza sobre a educação e a maneira de oferecer aos filhos as ferramentas corretas. Nele, ressalta que a diferença entre um pai bem sucedido e um filho pródigo, não está na inteligência, pois ambos podem ser brilhantes, mas sim na gestão e ausência de juízo para gerir e multiplicar. É preciso juízo, habilidade e estratégia.    

Hoje, após uma tensa audiência, eu dissertava sobre os direitos humanos, que nada é mais que um conjunto de valores e direitos positivados na ordem interna de um país para a proteção da dignidade da pessoa humana. Sendo que os direitos fundamentais são conjunto de valores e direitos positivados na ordem interna de determinado país para a proteção da dignidade da pessoa humana. E porque fazia isso? Em razão do pedido de curatela-interdição de um jovem cheio de vida e razões para transformar seu berço em trono, mas que tem se deixado levar pelos anseios da emoção. Geralmente tudo que os olhos querem, a alma vai condenar.  Ali, aquela mãe não desejava interditá-lo, mas desejava sim, ver real mudança em sua vida. Ali, com seu olhar lacrimejando, ela me despertava a existência de coisas do nosso desejo, mas que não são para nós. Sem a supervisão Divina o ser humano se coloca em situações desastrosas. A supervisão limita o desejo dos olhos. Enquanto crianças somos guiados pelos pais, mas enquanto adultos, pelo Espírito Santo. Quem fica sem supervisão fica sem resposta para nada, mas tem desculpa para tudo. O ser humano não foi criado para ficar sozinho. Se quero viver e prosperar, eu preciso trabalhar e saber onde, no que e em quem investir. O achismo e a autossuficiência e a incapacidade de parar para ouvir o Senhor, conduz muitos ao precipício.  

‘Se eu soubesse que você mudaria tanto, eu não tinha feito o que fiz’: essa frase ficou latente em minha mente. Ela é o resumo do muito que é feito quando saímos da zona de conforto e nos defrontamos conosco mesmo. Por certo, Deus não precisa do que você perdeu para fazer algo novo na sua vida. Muitas vezes as nossas seguranças e certezas, precisam estar sepultadas, a fim de que abramos a porta para O Senhor. Então lhe convido, faça isso. Há 20 séculos vem sendo assim. Quando Ele quer, ninguém pode resistir. Quando aparentemente Deus atrasa (aos nossos olhos), tenha certeza que o milagre será maior. Mais que cura, RESSUREIÇÃO! Amo a Palavra de Deus, porque o nome dela é esperança, certeza, vitória. A última palavra na sua vida, se você crê de coração, É VIDA E NÃO MORTE.     

 

Por Flavia Moreira. Advogada, pós-graduada em Direito Público, Direito Processual Civil, pelo IDDE em parceria com Universidade Coimbra de Portugal, ‘IUS GENTIUM CONIMBRIGAE, especialista em Direito de Família e Sucessões, associada ao IBDFAM e membro do Direito de Família da OAB/MG.

 

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