O Antigo e o Novo Testamento
O Antigo e o Novo Testamento
Adélia Prado
As filhas do Sô João Lobo morreram de raio, as duas.
Chilapt! Ele fez caindo do Céu,
Clareando e assustando eu com minha mãe
Mais meu avô no terreiro.
Aconteceu alguma coisa, ele falou.
Só então a raiva de Deus estrondou:
Senhor Meu Jesus /Cristo, Deus e homem
Verdadeiro, meu intestino desata-se
Pesa-me de vos ter ofendido, o meu
Coração desfalece, pesa-me também por
Ter perdido o céu e merecido o inferno.
Rosa morreu costurando,
Maria com um pano branco em volta do seu
Pescoço,
O pente fino na mão,
Hoje, tem para-raio na vila Belo Horizonte
E esta oração que eu faço quando a faísca navega
Azulando a cerca de arame:
Louvado sejas, meu Senhor, pelo fragor e a luz,
Bendito o que vem da tua mão, morte ou vida.
Mais me colhe teu amor, que a força da
Tempestade
Os elementos em fúria ou calma.
Diga eu sim, ao teu chamado,
Venha tua voz do trovão,
Ou de entre as flores do prado.
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Pensei em colocar a Rotativa nos aposentos, vez que o tempo o exige.
Mas… Vê lá! Ainda há muita coisa para rodar neste mundo de poesia e beleza.
Munição nós temos: a Adélia Prado não deixa por menos, com suas preciosidades alerta e acesas. Salve, Salve!
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De tempo e seu aproveitamento nós temos, graças a Deus!