Novos caminhos

Novos caminhos 

Desde o início da pandemia da covid-19, em março de 2020, é sabido e notório que o brasileiro ficou meio perdido, sem saber o que fazer e para onde ir. Ainda era cedo e novo para todos, faltou um direcionamento e, em alguns momentos, apoio dos governantes. A luta para sobreviver contra o caos na saúde e na economia era de todos e para todos. E uma coisa é certa: nesta luta ninguém saiu ileso. Todos foram atingidos de alguma forma. É fato também que desta luta várias lições ficaram e, talvez, a principal delas é que, sem responsabilidade, sem empatia, sem senso de coletividade, ninguém vai a lugar algum. Agora, o Brasil e vários países do mundo voltam a enfrentar uma nova onda de contágio, desta vez, não por falta de planejamento ou assistência vacinal, mas, talvez, por negacionismo de alguns e irresponsabilidade de outros. Sim! Deixar de vacinar e ouvir opiniões semelhantes de pessoas que pouco ou nada acrescentam na saúde preventiva é não ter responsabilidade e negar o direito de escolha de milhares de pessoas. E olha que, mesmo com vacinação em massa, com protocolos de prevenção adotados, os casos da doença voltam a subir assustadoramente. E, por mais que algumas pessoas tentem minimizar a situação ou que órgãos públicos tentem “abafar” o aumento exponencial de casos, a situação é, sim, preocupante ‒ mesmo com os casos de ômicron não sendo tão letais como os da delta. A contaminação é mais rápida e afeta  mais pessoas, mas, em contrapartida, o estado de saúde é bem menos preocupante ‒ menos para quem se negou a vacinar, é claro. Quando o povo começa a sonhar em viver dentro da normalidade, volta-se a preocupação anterior. E não tem outro responsável por isso a não ser a própria população, que insiste em viver como se nada estivesse acontecendo, que insiste em acreditar que a onda verde do programa Minas Consciente significa “não precisa se prevenir”. Pelo contrário, é justamente neste ponto em que os brasileiros se encontram que as medidas de prevenção, de proteção são mais necessárias do que nunca. E não há milagre, oração e nada mais forte neste momento capaz de reverter esta situação, do que o comportamento do ser humano. Sim! Os caminhos seguidos nos últimos meses trouxeram milhares de pessoas no mundo, em especial, no Brasil, até aqui. Se em 2022 os caminhos adotados não forem diferentes, o risco é de 2023 ser do mesmo jeito. 

É agora, neste momento em que muita gente teme uma possível volta para a onda amarela no programa Minas Consciente, com mais restrições sendo impostas a qualquer instante, com o índice de contágio em alta e com novos recordes sendo batidos todos os dias, é que se constata: não dá para ficar à própria sorte. Se tem algo que esta pandemia tem ensinado aos brasileiros a cada dia é que apenas a responsabilidade e a empatia será capaz de banir esse e outros vírus do meio de todos. Somente o senso de coletividade poderá trazer novos rumos, novos caminhos. Permanecer com o mesmo comportamento de fato não é o que conseguirá fazer com que os brasileiros possam sequer sonhar em viver o “velho normal”. É como diz o ditado: uma andorinha só não faz verão. É preciso força e união, para que a vida possa passar perto do que o povo sonha. Mas, é preciso parar de sonhar para viver, e fazer escolhas conscientes, que trarão novos caminhos.

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