Nove décadas

Preto no Branco

Chegar a essa idade, lúcido, trabalhando e dirigindo, não é para qualquer um. “Só para os fortes”, diriam alguns. Pois o ex-prefeito Galileu Machado, firme no MDB, chegou. Ele completou 90 anos de idade na última segunda-feira esbanjando saúde. Galileu nasceu em 1932 e foi atleta da natação na sua juventude. E, pelo visto, o preparo físico lhe vale até hoje, pois para diversas funções dispensa o carro e faz os trajetos, mesmo os considerados longe, a pé. Disposição que lhe ajudou a governar Divinópolis em quatro mandatos e deixar seu nome registrado na história. A coluna o parabeniza pelo aniversário e pela trajetória. Como iniciado no tópico, realmente não é para qualquer um.  

Primeira vez 

O pré-candidato ao governo de Minas, Alexandre Kalil, desembarca amanhã à tarde em Divinópolis. É a primeira vez que o ex-prefeito de Belo Horizonte,  um dos principais nomes do PSD no estado, visita a Cidade do Divino. Ele cumpre diversos compromissos acompanhado do seu pré-candidato a vice, André Quintão (PT), e do pré-candidato ao Senado na sua chapa, Alexandre Silveira (a confirmar). Entre as diversas marcações na agenda,  o trio vai ao Complexo de Saúde São João de Deus, à Redação do Agora para entrevistas e fecha o dia em um encontro com lideranças políticas no Espaço Santa Cruz, na Casa dos Franciscanos. Se depender da organização das assessorias e apoiadores, esta primeira vez na cidade, promete ficar marcada. 

Abuso em Minas

Quem acha que aberrações como as cometidas pelo médico anestesista no Rio de  Janeiro, fica longe, esqueça esta tese. Aqui, do nosso lado, este crime condenável (abuso sexual), é mais comum do que se imagina.  Sete profissionais em Minas Gerais sofreram punições do Conselho Regional de Medicina por estas práticas. A informação foi confirmada pelo Conselho Regional de Medicina à Rádio Itatiaia, que investiga cinco casos no estado. Além disso,  outros sete médicos responderam a processo administrativo e sofreram punições entre 2019 e 2022. E o mais triste é que este número tem aumentado de forma progressiva, em especial pela quantidade de profissionais que se formam todo ano. Mas, “o buraco é bem mais embaixo” e não é de hoje. Infelizmente, o machismo ainda impregnado na sociedade e a punição que deixa a desejar favorecem significativamente para estes registros, que deveriam ser considerados crimes hediondos. 

No sistema de saúde

Choca saber que três crimes sexuais (estupro, estupro de vulnerável e importunação sexual) acontecem no serviço de saúde, por semana, em Minas. Os dados são da Secretaria de Justiça e Segurança Pública do Estado. Na mesma reportagem da Itatiaia, a delegada da Polícia Civil Chefe da Divisão Especializada de Atendimento à Mulher, ao Idoso e à Pessoa com Deficiência e Vítimas de Intolerância, Renata Ribeiro Fagundes, afirma que, apesar dos números serem considerados altos, refletem uma subnotificação. Outra situação estarrecedora, visto que muitas mulheres que sofrem crimes contra a dignidade sexual sentem constrangimento e medo e, muitas vezes ameaçadas temem em  buscar ajuda de pessoas  e  da polícia. Tudo isso porque faltam defensores, especialmente no meio político, onde a maioria quer ver a mulher longe e subordinada. Pensamento retrógrado e machista que só contribui para o aumento dos crimes. 

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