Não basta querer

Não basta querer

Apesar de não apresentar mudança significativa, quando comparado há cerca de um mês, o cenário político em Divinópolis, visando as eleições de outubro, começa a ter as primeiras baixas. O que já era esperado, tendo em vista a quantidade de pessoas que colocaram o nome como pré-candidatas. Pelo menos dois - por motivos distintos - abriram mão, na semana passada, de disputar o pleito.  Porém, daqui até o início das convenções, fim do próximo mês, a baixa na lista, que já teve 23 nomes, deve ser ainda mais significativa. A maior dificuldade em entrar na disputa se resume em uma frase conhecida: “Querer, não é poder”. Nesse caso, não depende apenas da vontade própria, do aval do partido ao qual o pretendente é filiado. São tantas contas, estratégias e “quem indica” que, no final, muitas escolhas chegam a surpreender. Então, vamos às apostas que o tempo passa rápido e o período é curto. 

Dois nomes 

Um confirmadíssimo e outro que praticamente “jogou a toalha”. Foi assunto na última semana, inclusive em reportagem do Agora, a aprovação de Lohanna França pelo seu atual partido, o PV, para a disputa a uma vaga na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). O que foi abordado pela própria vereadora durante reunião na Câmara. Quem praticamente desistiu é o advogado Luciano Augusto. Disse ao Agora que está aguardando o partido devido a algumas questões. Mas sabe aquela fala de desânimo? No Legislativo tem pelo menos mais três parlamentares que têm a intenção de lançar candidatura, mas dependem de vários fatores, para, como Lohanna, poderem falar com toda a certeza. Menos Eduardo Azevedo (PSC), que já é caso resolvido. Ele também disputará uma cadeira na Assembleia. Os outros dependem de OKs, aceitação dos nomes e a certeza de apoios. Apesar de que isso tudo tinha que vir primeiro do povo, pois, além de ele eleger, é quem paga não somente o salário, mas o “pato”, se as coisas não saírem como previstas e esperadas. 

BH/Brasília 

Outro nome conhecido que foi motivo de disse-me-disse, na semana passada, é o do ex-deputado e referência na política divinopolitana e da região Jaime Martins (União Brasil). Ele teria dito que não será mais candidato a deputado federal, como anunciado anteriormente. O motivo é que ele teria sido convidado para assumir um importante cargo em Brasília, onde ele conhece muito e já atuou como chefe do Escritório de Representação de Minas Gerais do governo Romeu Zema. Se o agrada e lhe possibilita visibilidade e bons relacionamentos, por que não? Além disso, poupa o desgaste de uma campanha, além da incerteza da eleição. Se é verdade ou não, só ele pode confirmar. Mas que ele tem sido visto com frequência na ponte aérea BH/Brasília, isso é fato! 

Vai ou não? 

Se depender do deputado Cleitinho Azevedo (PSC), é fato consumado. Vai, sim, ser o primeiro representante do Centro-Oeste mineiro a brigar pela vaga de senador. Ele próprio se diz confiante no feito, pois afirma ter tido a promessa do deputado federal e coordenador da legenda em  Minas, Euclydes Pettersen. No entanto, há quem ainda ache que ele pode ser “boicotado” pelo partido e dispute a eleição para a Câmara Federal. Se isso acontecer, ele mina de uma vez só dois pretendentes na Câmara Municipal: Flávio Marra (Patriota) e Diego Espino, da mesma sigla de Cleitinho. A expectativa é que tenha novidades ainda nesta semana. E essa não deve ser a única da semana, tem uma que promete. A coluna aguarda apenas, como diria o personagem da novela Império da Globo, Théo Pereira. Publique-se. 

Destino político 

Enfim, o ex-juiz da Lava-Jato e ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro (União Brasil), deve tomar um rumo nas eleições 2022. Ele promete anunciar seu destino político hoje em Brasília. Após ser barrado em São Paulo pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE/SP), que rejeitou sua mudança de domicílio eleitoral, Moro passou a estudar as possibilidades políticas para disputar a eleição de outubro. Já avisou que não desistirá de seus planos políticos. Ele marcou uma entrevista coletiva para terça-feira, quando anunciará seus próximos passos. Moro deu indicações que não pretende recorrer da decisão do tribunal paulista. Assim, poderá disputar a eleição nacional, como candidato a vice-presidente do deputado federal Luciano Bivar, ou ficará restrito à disputa no Paraná. Nesse caso, a deputado estadual ou federal, será? Só depois da coletiva, que terá a presença dos principais nomes do União Brasil. 

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