Municípios precisarão atingir porcentagem mínima de vacinados para desobrigar uso de máscara

"Não tem como tratar todo o estado da mesma forma se a vacinação desigual", justificou o secretário estadual de Saúde.

 

Matheus Augusto

O governo de Minas Gerais estuda desobrigar o uso de máscara. A medida, em fase de análise e sem data para ser decretada, não será válida para todos os municípios. Em coletiva nesta sexta-feira, 11, o secretário de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), Fábio Bacchereti, adiantou que as cidades precisarão ter uma porcentagem mínima para permitir que os cidadãos circulem em ambientes sem máscara. O valor ainda será definido pelo comitê estadual de enfrentamento à covid-19.

— Será uma norma vinculada à vacinação de cada município. Não tem como tratar todo o estado da mesma forma se a vacinação desigual — esclareceu.

O secretário espera que desobriga o uso de máscaras em ambientes abertos ainda neste ano.

— Precisamos encontrar os critérios técnicos para desobrigar o uso de máscara, especialmente em locais abertos e arejados — detalhou.

O principal foco de análise é na Europa, explicou. O objetivo é encontrar qual porcentagem mínima é segura para a medida. Ele citou Alemanha e Holanda como exemplos. Segundo o secretário, em ambos os países, a cobertura vacinal contra covid-19 varia entre 60% e 70% e, atualmente, há registros de picos de casos e um pequeno aumento de internações nas localidades, que, mesmo sem gerar desassistência, é suficiente para ser um impacto. Em contrapartida, continuou Bacchereti, Espanha e Portugal, países com vacinação mais avançada, há poucos registros, que se referem ao aumento de casos confirmados, e não se refletem em internação, destacou.

Com a ampliação do reforço dos idosos e a expectativa de alcançar o índice de 75% do público-alvo com duas doses, o secretário explica que vê condições favoráveis a desobrigação do uso de máscara, mas que o processo 

— Temos a expectativa de atingir ainda neste ano os critérios técnicos a serem estabelecidos — pontuou.

Em ambientes fechados, pelo que se observa no cenário internacional, a discussão fica para o próximo ano.

— Em locais fechados, este ano, não será possível pela experiência na Europa e não queremos correr esse risco — argumentou.

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