MPMG e Estado pedem que Justiça suspenda atividades da Usina Carioca

Companhia apresentou, conforme os órgãos, deficiências no plano de emergência

Bruno Bueno

O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) e o Estado de Minas Gerais pediram, em ação cautelar instaurada na última sexta, que a Justiça suspenda as atividades da Usina Carioca, localizada no rio São João, entre os municípios de Pará de Minas e Conceição do Pará. A justificativa seria a verificação de deficiências durante a execução do Plano de Ação de Emergência (PAE) da barragem.

No domingo passado, 9, o responsável pelo local decretou situação de emergência na estrutura devido ao grande volume de água.

— De acordo com a ação, apesar do esforço dos órgãos de proteção e defesa civil no amparo de urgência à população, foi verificado que a empresa não assumiu o protagonismo pela execução do PAE, de sua responsabilidade, omitindo-se, principalmente, quanto à apresentação de levantamento cadastral completo e mapeamento atualizado da população existente na Zona de Autossalvamento (ZAS) da barragem e no que diz respeito ao integral amparo aos animais atingidos — informou o MPMG em nota.

Representantes

A ação cautelar foi ajuizada perante a 1ª Vara Cível da Comarca de Pitangui.

— Pelo MPMG, atuaram a Promotoria de Justiça de Meio Ambiente da Comarca de Pitangui, a Coordenadoria de Meio Ambiente e Mineração (Cema), a Coordenadoria Estadual de Defesa dos Animais (Ceda) e a Coordenadoria Regional das Promotorias de Defesa do Meio Ambiente da Bacia Hidrográfica do Alto do Rio São Francisco. Por parte do Estado de Minas Gerais, atuou a Procuradoria do Estado — concluiu.

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