Motoristas do transporte público não descartam greve

Trabalhadores reivindicam 22% de reajuste salarial

 

Matheus Augusto

O Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Divinópolis se reuniu na tarde de ontem com empresários do transporte público para discutir as demandas da categoria. A principal cobrança é pelo reajuste salarial de 22%. Outra reivindicação dos motoristas é pela compensação pelo acúmulo de funções, já que também atuam como cobradores. A discussão começou por volta das 14h30 e terminou após  as 19h.

O presidente do sindicato, Erivaldo Adami da Silva, explicou à reportagem que o Consórcio TransOeste apresentou uma proposta de readequação salarial que será discutida hoje, em duas assembleias, às 9h e 15h, para ampliar a participação de todos os trabalhadores. A decisão final será dada pelos participantes. Caso seja rejeitada, uma paralisação não está descartada. 

O Agora entrou em contato com o Consórcio TransOeste para saber detalhes do reajuste e se o aporte concedido pela Prefeitura seria suficiente para atender às semanas da categoria ou apenas o reajuste da tarifa do transporte público permitiria o percentual de 22%. Até o fechamento desta página, por volta das 19h30 de ontem, não houve resposta.

 

Aporte

A Prefeitura publicou no Diário Oficial dos Municípios Mineiros, na semana passada, a autorização do complemento tarifário ao Consórcio TransOeste. Com o custeio parcial de gratuidades, a atual Administração espera evitar o colapso do transporte público e manter o preço da tarifa no valor atual. Segundo o decreto, o aporte financeiro mensal foi de R$ 400 mil em março e abril. Entre maio e fevereiro serão parcelas mensais de R$ 480 mil.

O texto, aprovado na Câmara por 13 votos favoráveis e 3 contrários, autoriza o Executivo a fazer o complemento tarifário do transporte público por meio do custeio das gratuidades. A deliberação, no entanto, foi marcada por desinformações sobre o valor e a origem do pagamento do aporte.

 

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