Morte chega cedo

JOÃO CARLOS RAMOS
Morte chega cedo
"A morte chega cedo, pois breve é toda vida.
O instante é o arremedo
de uma coisa perdida.
O amor foi começado,
o ideal não acabou,
e quem tenha alcançado,
não sabe o que alcançou
E tudo isso a morte
risca por não estar certo
no caderno da sorte que
Deus deixou aberto ( Fernando Pessoa)”
Nesses versos imortais do grande poeta português, podemos ver com os olhos da morte o que é morrer...
A epidemia da covid-19 e suas variantes têm despertado em nós um sentimento novo, muito parecido com aquele vivido na idade média, durante a peste negra.
Os cadáveres estavam espalhados pelas ruas e não havia ninguém para sepultá-los, pois os próprios coveiros estavam entre eles. Restavam poucos sobreviventes e os mesmos, sem paz, sem alimento e sem destino. Em pleno 2022, podemos constatar que todos os dias morrem jovens e idosos, vítimas desse grande mal do século vigente. Como nunca, "a morte chega cedo". Não apenas a morte pela covid, mas também pelo infarto, consequência de angústias, depressão e medo. Temos que estar preparados, pois daqui em diante a humanidade colherá a grande semeadura do decorrer dos séculos...
Resta-nos apenas orar a famosa oração que Jesus Cristo nos ensinou: "Pai nosso que estás no Céu, seja feita a tua vontade assim na Terra como no céu! O pão nosso de cada dia nos dá hoje.
Perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aqueles que nos têm ofendido. Não nos deixeis cair em tentação, mas livra-nos do mal.
Pois teu é o reino, o poder e a glória. Amém!”.