Momento de agir

Momento de agir 

Se depender da vontade de alguns vereadores, o georreferenciamento não decola, pelo menos por enquanto. Edsom Sousa (CDN) diz que o procedimento feito na gestão Galileu Machado (MDB) é ilegal e promete acionar a Justiça. Já Josafá Anderson, do mesmo partido, afirma que a alteração, prevista para o próximo ano, precisa ser adiada para 2023. Ele teme que a medida ainda em momento pandêmico possa prejudicar a população carente. Outros se posicionam de forma favorável ou contrária, mas não apresentam sugestões. E ainda tem aqueles que ainda estão no famoso “em cima do muro”.  O fato é que o assunto é sério e centenas de famílias precisam se planejar, levando-se em conta, principalmente, que o fim do ano se aproxima, e o início do próximo – quando as contas se acumulam – também. Não é o momento para ficar esse jogo de empurra entre o Legislativo e o Executivo, e sim de decisão. Ao contrário, todos vão sair prejudicados, inclusive os dois poderes. 

É necessária 

Que a revisão é indispensável, não há como negar. Afinal, a última revisão da Planta de Valores foi feita em 1995, na administração de Aristides Salgado, quando ficou determinado que a análise precisava ser feita de quatro em quatro anos. O fato é que a cidade cresceu de forma assustadora de lá para cá, os imóveis também, outros gestores “se fizeram de mortos” e 25 anos se passaram. Um deles, Galileu, que foi prefeito no início dos anos 2000, mas tomou a decisão apenas em seu último mandato, ao constatar que a situação era insustentável. O que menos se precisa agora é apontar culpados, e sim unir forças para buscar uma saída.  Está faltando alguém explicar para o povo, seja por meio de vídeos, prática corriqueira atualmente, em nota, ou mesmo discursos, que a mudança é necessária e o porquê. Fazer com que ele entenda que, devido à circunstância econômica, pode apertar um pouco, mas, no fim, a própria população será a beneficiada, visto que o valor volta para ela em forma de melhorias. Dizer ainda que, apesar do tamanho geograficamente avantajado e a quantidade de habitantes, Divinópolis não é autossustentável. Ou seja, não sobrevive apenas com o que arrecada e ainda passa sufoco com a questão dos repasses, por um bom período atrasados, que começaram a ser pagos, porém de forma parcelada. Será que é tão difícil assim? Ou seria dificuldade mesmo de entender e repassar? Ou talvez medo de encarar os eleitores e levar um “não” nas urnas? O fato é que os escolhidos pelo povo para representá-los precisam honrar as calças que vestem, ou melhor, nesse caso, os votos que receberam. 

Se faz representar 

A comitiva do governo de Minas, que inclui o governador Romeu Zema (Novo), ao contrário da nacional, vem mostrando a que veio da Expo Dubai, realizada nos Emirados Árabes Unidos. A missão empresarial que integra o grupo contribui de forma decisiva para consolidar Minas Gerais como destino de grandes investimentos internacionais.  O próprio governador se reuniu com potenciais parceiros comerciais em Abu Dhabi. O encontro foi com a direção da Câmara de Comércio e Indústria (Chamber of Commerce and Industry) de Abu Dhabi. A companhia multinacional, líder em agrobusiness, é especializada em cultivo, produção e comércio de alimentos como arroz, farinha, frutas e vegetais. E está com planos de investir na América Latina. Já que relações preveem negócios justamente no setor de alimentos e Minas é hoje um dos estados mais atrativos do Brasil, por que não “juntar a fome com vontade de comer”? Se depender da desenvoltura do grupo mineiro, o negócio está feito. 

Conterrânea na área 

A delegação mineira ligada às empresas, conta com grandes nomes e foi liderada pela Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais, por meio de seu Centro Internacional de Negócios (CIN). Mas tem outras lideranças conhecidas, como o presidente da Avimig, Antônio Carlos Vasconcelos, e outros. Mas, Divinópolis, mesmo que indiretamente, está representada na Expo Dubai, por meio da diretora da Agência de Desenvolvimento da RMBH e Colar Metropolitano, Mila Corrêa da Costa. Aliás, atualmente, é o grande nome da cidade no Governo de Minas. E ela não nega a raça das mentes brilhantes da família. José Elísio Batista que o diga! 

 

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