Minas Gerais anuncia aplicação da quarta dose em idosos com mais de 60 anos

Secretário destacou vulnerabilidade do grupo com a aproximação do inverno.

A partir de agora, idosos com 60 anos ou mais podem tomar a segunda dose de reforço (a 4ª dose). Anteriormente, a disponibilidade era apenas para 70 ou mais. A decisão foi tomada pelo secretário de Estado de Minas Gerais (SES—MG), Fábio Baccheretti, devido à vulnerabilidade do grupo com a chegada da frente fria e do aumento de casos por doenças respiratórias.

— Com o reforço, os idosos entram no no inverno com uma proteção extra — justificou.

Em coletiva nesta sexta—feira, 29, o secretário destacou que o atual cenário da covid—19 está controlado e não causa preocupação, com índices similares ao do início da pandemia.

— Só que estamos ainda melhor do que naquele momento, pois agora temos boa parte da população vacinada e uma cepa menos letal — afirmou.

Na última semana, Minas registrou apenas 15 casos confirmados para cada 100 mil habitantes. O número de mortes também segue em queda. Dos 853 municípios mineiros, 816 não registraram óbitos nos últimos sete dias.

Com a mudança climática, a pasta já percebe "hospitais enchendo por doenças respiratórias, mas sem ser covid". Com isso, os leitos de Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) seguem estáveis.

— Hoje, não há pressão nos leitos de UTI — garante o secretário.

Crianças

Uma das poucas preocupações de Baccheretti com o atual cenário é a baixa aplicação da segunda dose da vacina pediátrica. Segundo o chefe da SES-MG, 500 mil crianças já poderiam ter tomado a 2ª dose, mas ainda não procuraram uma unidade de saúde.

— A proteção se garante com duas doses — ressaltou.

O secretário assegurou a eficácia da vacina.

— Temos óbitos relacionados à doença. A covid mata. E, nos quase 2 milhões de crianças vacinadas, não temos nenhum efeito adverso grave.

Dia D

Ao fim da coletiva, ele voltou a reforçar a importância da vacinação contra sarampo e gripe no Dia D, que acontece amanhã.

— Não existe apenas o vírus da covid. Existem outras doenças que exigem proteção. Várias imunizações não têm alcançado as metas desde o início da pandemia.

Sobre a preocupação do retorno de casos de sarampo, o secretário afirmou:

— O vírus do sarampo é o mais infectante em circulação, com uma capacidade muito alta de se espalhar facilmente. Conseguimos erradicar a doença no passado e agora, com a vacina, podemos erradicar novamente. As crianças que nascem precisam da vacinação — explicou.

A vacinação de sarampo é focada em crianças maiores de seis meses e menores que cinco anos.

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