Mercado precisa pagar o investimento do gasoduto, disse presidente da Gasmig

Diretores da empresa estiveram ontem em Divinópolis na sede da Acid; encontro teve como intermediadora Valéria Morato

 

Da Redação

Em encontro ontem em Divinópolis entre os empresários e os diretores da Companhia de Gás de Minas Gerais (Gasmig), intermediado pela presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras (CTB Minas), Valéria Morato, foi detalhada a situação atual para a implantação do projeto.  

O recém-eleito diretor-presidente da Companhia, Gilberto Moura Valle Filho, falou à reportagem do Agora, sobre o interesse da empresa pública de investir no gasoduto na região Centro-Oeste. Para ele, é necessário que o mercado pague o investimento da instalação dos dutos. Estudos apontam, aproximadamente, recursos de R$ 700 milhões para o gás natural sair da Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH) passando por Itaúna e chegando a Divinópolis.

Centro- Oeste 

 

O diretor Gilberto Filho destacou a necessidade da Gasmig de expandir o gasoduto até o Centro-Oeste como forma de gerar desenvolvimento para a região e também para o Estado. 

No nosso contrato de concessão, temos obrigação de expandir. Como empresa pública temos que crescer agregando valor para a sociedade. Nossa obrigação é tentar viabilizar gasodutos e, se tiver possibilidade, para o estado inteiro. Entendemos que é uma região muito próspera e estamos tentando viabilizar. Para isso, é necessário um mercado que pague o investimento disse Filho. 

Para o diretor-presidente, uma forma de começar a viabilizar o empreendimento é o gasoduto virtual, no entanto é preciso ter demanda para a proposta sair do papel.

Não tenho o gasoduto físico, mas o gás é transportado por caminhões. Nós temos esse firme propósito de identificar empresas como potenciais clientes da Gasmig e conseguir esse mercado para realizarmos os investimentos necessários. Gostaríamos que houvesse muitas empresas interessadas em Divinópolis e Itaúna para colocarmos de pé o projeto. Não podemos colocar dinheiro de uma empresa pública se não trouxer retorno para sociedade. Essa é a nossa busca destacou. 

Para Valéria Morato é preciso diálogo para trazer investimentos. 

Acreditamos que a região precisa de investimento e estamos acompanhando de perto essa movimentação ressaltou Morato que também é pré-candidata a deputada estadual.

Natural de Divinópolis, Valéria conhece bem a realidade do município. Suas passagens por sindicatos, como presidente ou integrante de diretorias, lhe possibilitou conhecer a realidade local e a demanda da população. Atualmente, além de CTB Minas, está à frente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil. Além disso, é presidente do Sindicato dos Professores de Minas Gerais (Sinpro).

-Há muito se especula sobre a implantação do gasoduto no Centro- Oeste o que vai beneficiar de forma direta o empresariado divinopolitano tão carente de apoio. Precisamos arrumar formas para que este projeto vire realidade e contribua de forma significativa com a nossa cidade - acrescenta. 

 

Divinópolis

Uma equipe da Gasmig esteve ontem em Divinópolis atendendo um convite da Associação Comercial Industrial, Agropecuária e Serviços de Divinópolis (Acid).  Os diretores se reuniram na sede da Acid, no Centro Industrial, com alguns empresários divinopolitanos.

A presidente da Acid, Alexandra Galvão, abriu o encontro e questionou o diretor comercial da Gasmig, Henrique Pereira Dourado, sobre a instalação do gasoduto. 

Sabemos da importância para o desenvolvimento da região a instalação do gasoduto. É uma luta nossa para tirar essa proposta do papel e gostaríamos de saber como está o projeto e o que precisamos fazer destacou Galvão.

Dourado informou que projeto começou a nascer e estudos ainda estão sendo feitos para a viabilidade do gasoduto.

Os estudos estão em fases preliminares e os traçados podem sofrer alterações de acordo com as oportunidades de negócios que possam surgir. Se vier um cliente âncora que tem um potencial de puxador a Gasmig vai até ele. É a cidade que traz o gasoduto e os empresários precisam ter essa leitura. O investimento é vultoso, mas a conta fecha em larga escala.  Não temos data, porque tem questões financeiras, ambientais e uma série de fatores explicou. 

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